Os planos de privatização do governo Bolsonaro não estão avançando apenas na Caixa, as demais empresas que constam na lista de vendas da atual gestão também começaram o ano com mudanças.

É o caso da Dataprev, estatal que processa o pagamento dos benefícios do INSS, que anunciou esta semana que além de encerrar suas atividades em 20 Estados irá cortar 15% de seus 3.360 empregados.

A empresa lançou um Programa de Adequação de Quadro (PAQ) com incentivos para que os empregados deixem a Dataprev, mas aqueles que não aderirem serão demitidos.

A presidente da Dataprev, Chistiane Edington, afirmou que este é um processo independente do projeto de privatização, mas não é o que se tem comentado na grande imprensa. O mais provável é que este seja um primeiro passo na preparação da empresa para a venda.

Enquanto isso, os empregados dos Correios também veem o cerco se fechando. Na última sexta-feira (3), o Postal Saúde anunciou a aprovação das alterações na forma de custeio do plano.

Com o aval da CGPAR 23, que limita o percentual de contribuição da empresa patrocinadora, o Postal Saúde passa a ser paritário, isto é, 50% para a patrocinadora e 50% para os usuários.

O discurso utilizado é o mesmo da Caixa para com o Saúde Caixa: garantir a sustentabilidade do plano. No entanto, os Correios estão na lista de privatizações e, conforme membros do governo já declararam, é apontado como uma das prioridades na fila da desestatização.  

Para o diretor da APCEF/SP, Edvaldo Rodrigues, esta situação já era esperada desde as eleições de outubro de 2018 quando os trabalhadores perderam suas representações no governo. “É preciso continuar resistindo, pois a situação só mudará se impedirmos o desmonte do país”, completou. 

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