Na última quarta-feira, dia 19, a Funcef divulgou uma nota de esclarecimento na qual divulga informações sobre a gestão dos planos de benefícios e da própria entidade, com destaque para a questão dos déficits acumulados a partir do exercício de 2012. A resposta foi motivada por diversos questionamentos recebidos pela Fundação e, também por mensagens que podem ser consideradas irresponsáveis ao serem veiculadas, sobretudo nas redes sociais.

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Em 2002, os ativos de investimentos da Funcef somavam pouco menos de R$ 10 bilhões. Em julho desse ano, os valores chegaram a R$ 54,7 bilhões. A rentabilidade dos investimentos, sempre acima da meta atuarial, foi fundamental para o resultado. Nesse período, a rentabilidade foi de 444%, enquanto a meta era de 268%. Nos últimos 11 anos, segundo dados da Abrapp, o ativo total da Funcef cresceu 469%, muito acima dos 260% do conjunto das entidades fechadas de previdência complementar.

Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa-Contraf-CUT) e diretora de Administração e Finanças da Fenae, é preciso parar com a política do medo em relação ao nosso fundo de pensão. “Tem muita gente veiculando mentiras e levantando calúnias. Estuda-se a possibilidade de interpletar essas pessoas judicialmente, pois os participantes são os grandes prejudicados por essas atitudes de quem não tem o menor compromisso com a Funcef”, afirmou.

A Nota de Esclarecimento destaca que reajustes e várias medidas prudenciais e de adequações de premissas e hipóteses atuariais foram suportados exclusivamente com recursos dos próprios planos, sem a necessidade de contribuições adicionais dos integrantes. No total, esses ajustes custaram quase R$ 21 bilhões. Só os reajustes reais dos benefícios saldados, concedidos de 2007 em diante, custaram mais de R$ 3,6 bilhões.

Outro fator que precisa ser considerado é a crise econômica iniciada em 2008 e ainda não superada, que tem afetado o retorno dos investimentos, principalmente no caso de ativos de renda variável. Segundo Fabiana, isso consiste em uma realidade que afeta não apenas a Funcef, mas todo os fundos de pensão, em especial os de maior porte. “No entanto, não houve redução do total de ativos de investimento. A quem interessa esse falso alarmismo? Com certeza, não aos participantes”, salientou.

Ela ressalta que os impactos da crise fizeram até o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) aprovar, quarta-feira, dia 19, mudanças no cálculo da meta atuarial.

Fonte: Agência Fenae

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