O Conselho Deliberativo da Funcef aprovou por unanimidade de eleitos e indicados nesta quarta-feira, dia 29, o balanço dos planos referente à 2015. A Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal, em junho, também aprovaram os resultados por unanimidade.

Segundo a entidade,  no consolidado, todos os planos, a rentabilidade fechou em 2,79%, sem atingir a meta atuarial que ultrapassou 17%. No plano REG/Replan Saldado a rentabilidade foi 3,73%, no REG/Replan não Saldado, de -0,41%, no REB, de 2,03% e no Novo Plano, de -0,01%.

A APCEF/SP irá aguardar a publicação dos relatórios para fazer análise detalhada. A Funcef informou que irá divulgar o balanço em breve.

Impactos

Com metas atuariais superiores a 17% para todos os planos de benefícios, a volatilidade do segmento de Renda Variável (Ibovespa a -13,3%) causou grande impacto. Os investimentos feitos nesse segmento tiveram desempenho negativo, de 15,49%.

O segmento de Investimentos Estruturados registrou rentabilidade de -22,29%, em razão de provisões para perdas em seus principais Fundos de Investimentos, entre os quais FIP Sondas (Sete Brasil), FIP Global Equity Properties e FIP OAS Empreendimentos de R$ 1,7 bilhão, R$ 204,5 milhões e R$ 170,1 milhões, respectivamente.

A participação na companhia Vale também representou perda, no caso contábil. Houve redução de R$5,6 bilhões para R$4,5 bilhões na participação da Funcef.

A aceleração da inflação – INPC em 11,28% ao final do exercício – elevou a meta atuarial para patamar superior a 17% e provocou aumento substancial dos passivos dos planos de benefícios.

O passivo judicial está entre os fatores do déficit acentuado. O valor provisionado subiu de R$ 1,4 bilhão em 2014 para R$ 1,9 bilhão em 2015, um incremento de 39%.

Equacionamento

Segundo nota divulgada pela Funcef, a entidade apresentou déficit acumulado em todos os planos em 2015: R$ 1 bilhão no REG/Replan não saldado, R$ 6,9 bilhões no Saldado, R$ 71 milhões no Novo Plano e R$ 13 milhões no REB.

Está previsto equacionamento de R$ 6 bilhões para o plano REG/Replan Saldado, sendo 50% de responsabilidade da Patrocinadora e 50% dos participantes e assistidos, e de R$ 929,4 milhões para o REG/Replan Não Saldado, também meio a meio entre a CAIXA, os participantes e os assistidos.

Também segundo a nota, Novo Plano e REB não necessitarão de equacionamento. As condições do equacionamento serão definidas pela Funcef e aplicadas a partir de 2017. 

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