Da Agência Fenae

A diretoria da Funcef apresentou, em 2 de junho, os resultados da gestão de 2003 e 2004 para os associados, durante café da manhã no Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, em Brasília.
As apresentações foram feitas pelo presidente da Fundação, Guilherme Lacerda, e pelo diretores Sérgio Francisco da Silva (Benefícios e Administração), Demósthenes Marques (Finanças) e Jorge Miguel de Souza Arraes (Imobiliário).
Estavam presentes no evento o conselheiro deliberativo eleito e diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, o conselheiro deliberativo eleito, Antônio Bráulio de Carvalho, o diretor de Finanças e Administração da Fenae e secretário-executivo do Sindicato do Distrito Federal, Jair Pedro Ferreira, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Jacy Afonso, e a deputada distrital Erika Kokay (PT).
Durante o debate, José Carlos Alonso parabenizou a iniciativa de apresentação aberta do balanço da Funcef e lembrou que a ação vem ao encontro do anseio dos participantes. “Há ainda muitas coisas para avançar no processo de democratização, mas há disposição para que se possa avançar” – afirmou Alonso.
Ele também citou as notícias que vêm sendo veiculadas sobre os investimentos da Funcef e ressaltou ser importante perceber que, com as mudanças nas regras governamentais e na governança, esse tipo de problema não vai se repetir mais. Alonso acredita que, em contatos diretos como a apresentação do balanço e outras reuniões, é possível se ter maior conhecimento sobre as insatisfações dos associados. “Jornais e outras publicações também são bons, mas não suficientes” – afirmou.

• Novo plano

O diretor Sérgio Francisco disse ter expectativa de que realmente a implantação do novo plano será realizada, mas não há ainda uma possibilidade de se definir o prazo. “O processo está em negociação e a esperança é de que essa negociação se intensifique. Hoje dependemos 99% da Caixa” – afirmou.
Após a aprovação dos termos do novo plano, a expectativa é de que sejam necessários 60 dias para a sua apresentação aos participantes e mais 60 dias para a adesão.

• Carteira imobiliária

O diretor Arraes destacou algumas ações da diretoria da Funcef no segmento imobiliário, com rentabilidade de 14,6% acima do atuarial em 2004. Nos hotéis, foi ressaltada a presença de prepostos da Fundação em algumas unidades, a retomada dos investimentos e a rescisão do contrato no Blue Tree Park. “Por perceber uma gestão temerária, a Fundação entendeu que deveria rescindir o contrato, depois de várias tentativas de negociação. A idéia é substituir a bandeira por outra que tenha gestão mais responsável” – assegurou.
Sobre os fundos de investimentos, Arraes observou que o fundo 311 Norte – apartamentos residenciais em Brasília – está em amortização, tendo apresentado um lucro contábil de R$ 7,4 milhões.
No caso dos imóveis para renda, o diretor Imobiliário da Funcef citou a diminuição da vacância em 34% de janeiro de 2003 para dezembro de 2004 e a venda de imóveis que não ofereciam boa rentabilidade na locação.
O diretor tratou também sobre a decisão da Funcef de construir e edificar novas agências da Caixa para futura locação, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A construção será feita mediante pré-contrato de locação com a Caixa e os imóveis passarão a fazer parte da carteira imobiliária.
Ele lembrou que o conselheiro Alonso questionou, na última reunião do Conselho Deliberativo, sobre uma dívida de R$ 10 milhões que a Caixa tem para com a Funcef por não-pagamento de aluguéis de agência. Arraes explicou que a dívida é referente a um período em que eram feitos contratos individuais com as agências. Hoje o contrato é único e com a Caixa. No ano passado, não houve nenhuma inadimplência em 57 agências” – justificou.

• Investimentos

O diretor de Finanças da Funcef ressaltou em sua apresentação que a gestão das reservas garantidoras tem sido fundamental para complementar recursos destinados às aposentadorias. Em 2004, segundo ele, foram coletados R$ 264 milhões em recursos previdenciais, sendo que foram utilizados R$ 624 milhões em aposentadorias.
Demósthenes listou os investimentos que estão sendo recuperados, como a venda de ações da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG), acordos nos investimentos da Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina e da Brasil Telecom e a reestruturação da Brasil Ferrovias.

Compartilhe: