Da Agência Fenae

O Fórum Social Mundial, que se encerra nesta segunda-feira, 2 de fevereiro, em Belém (PA), foi marcado pela diversidade de debates que envolveram questões indígenas, ambientais, urbanas e entre outras, mas com um ponto em comum: a discussão sobre o panorama da atual crise econômica.
Segundo a Agência Carta maior, a maioria dos debatedores sobre a crise, em maior ou menor grau, defende como iniciativas imediatas a elevação do salário mínimo e a ampliação de políticas de proteção social. Também foi reforçada a defesa do serviço e dos bens públicos, o fim da independência do Banco Central e a nacionalização dos bancos privados.
O jornalista Bernardo Kucinski chama a atenção para o perigo dos bancos não canalizarem as poupanças para o giro da economia e pergunta: o que fazer para forçar os bancos a soltar o dinheiro que estão recebendo dos governos? Que alternativas o movimento social poderia emplacar?
Entre as respostas que colheu para essas questões, ele destacou, em artigo, a avaliação do ex-ministro de Obras da Espanha Joseph Borrell: “Seja via estatização ou pela transformação em bancos de economia solidária ou cooperativas de crédito. É a forma de acabar com a contradição de bancos serem bens privados apesar dos serviços financeiros serem um bem público. A sociedade precisa serviços financeiros. Um banco pode até quebrar, mas o sistema financeiro é necessário ao conjunto da sociedade. Os serviços financeiros deveriam ser definidos como um serviço de utilidade pública, como são os transportes públicos”.
O artigo completo de Bernardo Kucinski “O que fazer da bancarrota dos bancos?” está publicado na Agência Carta Maior e pode ser acessando clicando aqui.

Fenae no Fórum
O diretor de Comunicação e Imprensa da Fenae, Daniel Gaio, representou a Fenae no Fórum Social Mundial. O Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU), entidade da qual a Fenae faz parte, também esteve presente e realizou o seminário “Lutas pela reforma urbana: o direito à cidade como alternativa ao neoliberalismo” no FSM.

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