A Fenae enviou hoje (13) denúncia ao Ministério Público do trabalho (MPT) sobre prática discriminatória contra os PcD contratados recentemente. A denúncia se deu após a federação receber inúmeros relatos de funcionários desligados ainda em período de experiência tendo sofrido situações humilhantes no ambiente de trabalho.

A contratação dos PcD se deu após o banco ter sido obrigado judicialmente a se adequar à Lei de Cotas, em ação do Ministério Público em que a Fenae é assistente. A Caixa se viu obrigada a convocar os PcD aprovados do concurso de 2014, mas não se preparou para recebê-los e integrá-los aos demais.

Os funcionários deficientes foram alocados sem as condições mínimas de acessibilidade por parte do banco, em agências e funções não condizentes com suas realidades o que os levou a exposições humilhantes ao serem designados para funções não adequadas.

“A Caixa não tem um planejamento para alocação das pessoas de acordo com o tipo/grau de deficiência e as unidades recebedoras não têm preparação prévia para acolhimento desses trabalhadores. Não adianta contratar para fazer foto e publicidade positiva na imprensa, o banco precisa dar condições para quem chega e para quem recebe esses trabalhadores”, afirma a Diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

O cenário descortina um grave problema. A Caixa está negligenciando os diretos destes trabalhadores quando os aloca sem oferecer condições para que pessoas com deficiência desempenhem suas atividades diariamente, sem a necessidade de assistencialismo por parte de outros funcionários.

Ao invés de realocar o trabalhador para um cargo e local onde ele possa contribuir com o trabalho, a consequência deste descaso criminoso, é que os trabalhadores se veem impossibilitados de prestar um bom serviço e estão sendo desligados antes do período de experiência.

 

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