“A Caixa Econômica Federal precisa acelerar o ritmo de contratações. Os mais de 100 mil empregados do banco, que sofrem diariamente com a sobrecarga de trabalho, sabem disso. Os concursados, que aguardam pela convocação, também. Os quase 80 milhões de clientes, que enfrentam filas nas unidades de todo o país, concordam. A direção da empresa também sabe, mas mantém a postura de não ter um plano para reforçar o quadro de pessoal.

“O que já era uma necessidade, apontada há anos pelas entidades do movimento sindical e associativo, tornou-se uma demanda urgente com a realização do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) em 2015. Estima-se que quase 3 mil empregados já tenham aderido ao PAA, e ainda faltam duas semanas para o fim do prazo. É inadmissível que a Caixa ao menos não reponha esses trabalhadores que estão saindo.

“O banco tem mais de 101,5 mil empregados. Uma das conquistas da última campanha salarial foi a contratação de outros dois mil até dezembro deste ano, o que não será suficiente frente à capilaridade da instituição e à crescente demanda nas agências. Entre 2002 e 2014, o total de unidades Brasil afora passou de 2.082 para 4.025, alta de 93%. O número de empregados aumentou 82%. Já a base de correntistas e poupadores, neste período, cresceu quase 240%.

“Não intensificar o ritmo de contratações é também ignorar o papel social da Caixa e a importância do banco na vida dos brasileiros, especialmente dos mais carentes. Em 2014, os programas de transferência de renda distribuíram R$ 28 bilhões por meio de 176 milhões de benefícios. Desses, cerca de 161,7 milhões, totalizando R$ 26 bilhões, se referem ao Bolsa Família. A Caixa ainda pagou 173,5 milhões de benefícios voltados ao trabalhador (seguro-desemprego, abono salarial e PIS, entre outros) e 66,3 milhões de pensões e aposentadorias do INSS.

“A vitoriosa campanha nacional contra a proposta de abertura de capital da Caixa evidenciou ainda mais a necessidade de a instituição continuar 100% pública e parceira estratégica do Estado na execução de políticas públicas. Para que isso ocorra, porém, é fundamental que o banco tenha um quadro de pessoal valorizado e em tamanho adequado. Só assim a Caixa será capaz de prestar atendimento de qualidade à população e manter o protagonismo no processo de desenvolvimento econômico e social do país.

“Mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil e mais contratações já!”.

Fenae – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal

Fonte: Fenae Net

Compartilhe: