Andréa Ponte Souza – Seeb/SP

O atendimento precário na Caixa, consequência do número insuficiente de empregados, foi exposto de maneira gritante na agência Jardim Ângela, zona sul, na segunda-feira, dia 30, véspera de feriado. Por volta das 15h, a fila de clientes ficou tão grande que ultrapassou os limites da unidade e foi para a rua.
Sobrecarregados, alguns empregados não puderam almoçar e chegaram a passar mal. “Pela manhã, um bancário desmaiou e foi levado para o hospital. A situação estressou trabalhadores e clientes”, disse o diretor da APCEF e também do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rafael de Castro, que visitou a unidade.

A espera foi grande até para quem tinha direito a atendimento preferencial. Foi o caso de Driele Quintela que, mesmo grávida de quatro meses, esperou mais de três horas para ser atendida. “Ela chegou ao local ao meio-dia e até 15h20 ainda estava aguardando. E o pior é que foi abrir uma conta poupança, mas não conseguiu terminar o processo porque o sistema caiu e a senha não pôde ser cadastrada, ou seja, vai ter de perder outro dia na agência”, contou Rafael.

O dirigente ressalta que o problema da falta de pessoal já vem sendo denunciado e cobrado pela entidades representativas dos empregados há bastante tempo, mas piorou com o aumento da demanda, depois que o banco anunciou a redução das taxas de juros. “A procura cresceu e como consequência a Caixa anuncia trabalho no sábado, dia 12. Ou seja, ao em vez de contratar, a empresa aumenta a carga de trabalho dos empregados. Além disso, a medida é ineficiente, pois a demanda se concentra entre segunda e sexta-feira.”

Rafael destacou, ainda, o absurdo que é perder várias horas na fila de um banco em pleno século 21. “Estamos em 2012 e os clientes da Caixa, que tem a meta de ser a terceira maior instituição financeira do País, ainda têm de tirar o dia para ir ao banco”, criticou.

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