Por Meire Bicudo – CNB/CUT

Reunidos em 1º de novembro, na capital, os integrantes da Executiva Nacional dos Bancários decidiram indicar a aceitação da proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nas assembléias que devem ocorrer até a próxima terça, dia 9.
A decisão da Executiva foi unânime por entender que o processo de negociação já esgotou-se. Na semana passada, após quatro dias consecutivos de reuniões, os banqueiros alteraram um item da proposta apresentada anteriormente à greve. A alteração foi na cesta-alimentação extraordinária, que teve seu valor elevado de R$ 217 para R$ 700, a serem pagos após a assinatura do acordo.
Os demais itens da proposta foram mantidos pelos banqueiros, como o reajuste de 8,5%, mais R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500, o que eleva o reajuste para algumas faixas para até 12,77%. Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a proposta é de 80% do salário, mais R$ 705 fixos, sendo que o pagamento será de 60% do montante 10 dias após a assinatura da Convenção e 40% do valor até março de 2005, limitado ao valor de R$ 5.009,45. Os bancos devem distribuir no mínimo 5% e no máximo 15% do lucro.
Em relação aos dias parados, a Fenaban propõe que sejam compensados até 31 de janeiro de 2005. Após esta data, será zerado o saldo remanescente. Os dias já descontados dos salários serão estornados.
Todos os integrantes da Executiva votaram pela orientação de aceitação da proposta. Ela é composta por representantes da CNB/CUT, Fetec/CUT-São Paulo, Fetec/CUT-Santa Catarina, Feeb Rio Grande do Sul, Feeb São Paulo/Mato Grosso do Sul, Feeb Rio de Janeiro e Espírito Santo, Feeb Centro Norte, Fetec CUT Nordeste, Feeb Bahia/Sergipe.
“Apesar da intransigência dos bancos, que se utilizaram de interditos e violência para barrar a greve, da estratégia da Contec de dividir a categoria recorrendo ao TST e do descaso do governo, o resultado da campanha é fruto da luta dos bancários, que durante 30 dias resistiram às pressões e realizaram a maior greve da categoria dos últimos anos” – avaliou o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e coordenador da Executiva Nacional dos Bancários, Vagner Freitas.

Banco do Brasil

Após o julgamento do dissídio, a Executiva Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil solicitaram a reabertura das negociações com a direção da empresa. A rodada foi marcada para sexta-feira, dia 5, às 15 horas, em Brasília. A Executiva Nacional dos Bancários, em conjunto com a Comissão de empresa, reúne-se também na sexta, às 10h, em Brasília, para preparar a negociação que ocorre à tarde.
Também já foram solicitadas a abertura de negociações com as direções da Caixa, do Banco da Amazônia e do Banco do Estado do Piauí.

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