Isonomia de direitos também foi pauta das reuniões na capital, em Bauru e em Ribeirão Preto

Técnicos bancários de três regiões do Estado participaram, em 3 de fevereiro, de encontros promovidos pela APCEF/SP.
As reuniões – que ocorreram na capital, em Bauru e em Ribeirão Preto – tiveram como foco a discussão de uma campanha pela unificação dos Planos de Cargos e Salários (PCSs) dos escriturários e dos técnicos bancários e pela isonomia de direitos.
Os encontros dão continuidade ao trabalho iniciado pela APCEF/SP em dezembro do ano passado, quando foram realizadas reuniões na capital, em Presidente Prudente e em Campinas.

• Pelo fim das diferenças

Até 1989, a Caixa tinha um Plano de Cargos e Salários – da referência 18 a 95 – que atendia os escriturários. Já, para os técnicos bancários admitidos a partir de 1998, a diretoria do banco criou um novo PCS, extinguindo o anterior, com referências que vão da 101 a 115.
Para a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus, os planos existentes não atendem à necessidade de crescimento nem dos escriturários nem dos técnicos bancários. “Temos casos de diversos escriturários que entraram na Caixa em 1989 na referência 18 e que agora, 18 anos depois, estão na referência 47, 48… Se continuar neste ritmo, para chegar ao topo da carreira, os empregados terão de trabalhar mais de 55 anos…”.
“Em contrapartida, os técnicos bancários chegam muito rápido ao topo de sua referência e, o pior, com uma diferença salarial muito baixa. Em ambos os casos, os empregados estão sem motivação dentro da empresa, pois as perspectivas oferecidas não atendem às expectativas de crescimento profissional” – completou Fabiana Matheus.

• Campanha

A proposta tirada dos encontros foi a de construção de uma campanha que vise a três pontos essenciais:
– unificação das carreiras de escriturário e técnico bancário em um Plano de Cargos e Salários;
– promoção anual por merecimento, com distribuição de deltas para todos os empregados;
– isonomia de direitos dos técnicos bancários e dos escriturários. Neste item, busca-se a igualdade de direitos em dois aspectos, nos quais os técnicos bancários não estão inseridos: licença-prêmio – que corresponde a 18 dias por ano que o empregado tem direito a usufruir em dias ou converter em espécie – e Adicional por Tempo de Serviço (ATS), o chamado anuênio – que estabelece um porcentual de 1% em cima do salário-base por ano trabalhado.

• Outro encontro

Em 10 de fevereiro, aconteceu outro encontro de técnicos bancários, em São José dos Campos.
“Estamos fechando uma proposta de campanha com os trabalhadores a ser pautada com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comisssão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa). O objetivo é estabelecer um processo de negociação com a Caixa, além de tornar a campanha forte e nacional” – comentou Fabiana Matheus.

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