Segundo nota publicada pela FUNCEF na terça-feira 31 de março, os planos sob sua gestão acumulam déficit de R$ 5,5 bilhões em dezembro de 2014. REG/REPLAN apresenta resultado negativo há três anos, razão pela qual se exige equacionamento. O equacionamento representará contribuições adicionais de participantes, ativos e assistidos, e patrocinadora em 2016. O Novo Plano registra déficit há dois anos, escapando do ajuste, ao menos por enquanto. O Plano REB ainda consome superávit de anos anteriores, mas também contabiliza dois anos de déficit.

 

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Renda Variável com resultados ruins
A Funcef argumenta que o segmento Renda Variável é o grande responsável pelo resultado deficitário. Investimentos estruturados e Renda Fixa, nos últimos três anos, têm rentabilidade pouco superior à meta atuarial. Segundo a Fundação, as operações em Mercado à Vista (ações em bolsa) alcançaram negativo de 5,07%. Também com perda acentuada o Fundo de Investimentos Carteira. Já a carteira imobiliária registrou no fechamento de 2014 valorização de 16,77% ante meta de 12,07%.

 

Perda com a Vale
O valor do Fundo Carteira Ativa II (FIA II), que corresponde a parte do capital dos planos da FUNCEF na Companhia Vale, desmancha com a retração de demanda e de preços no mercado mundial de minério. Em nota de fevereiro de 2015 ao jornal Valor Econômico, que havia publicado matéria questionando os critérios da FUNCEF para cálculo do valor do FIA, a Fundação informa que o saldo se reduziu de R$ 9,06 bilhões em 2011 a R$ 5,5 bilhões em 2014. A perda de 40%, embora contábil, tira o sono. A expectativa é que, na oportunidade em que a FUNCEF tenha que se desfazer da posição, total ou parcialmente, possa fazê-lo realizando lucro e não prejuízo.

 

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Fonte: Dieese – Subseção APCEF/SP

 

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