Da Agência Fenae

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgou carta aberta, esta semana, por bancos públicos federais mais fortes. O documento defende a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa).
O texto informa que os últimos 15 anos dividem-se em dois momentos distintos para os trabalhadores dos bancos públicos federais. Diz o documento: “o período compreendido entre 1995 e 2002 foi o tempo do medo, do terror, da perda de direitos e de postos de trabalho, do sucateamento e preparação para a privatização. Foram mais de 80 mil demissões, além de uma brutal redução salarial”.
De acordo com a Contraf-CUT, entre 2003 e 2010 foi vivido o tempo da retomada, com “mais de 60 mil novas contratações, aumento real de salários em todos os bancos e reconquistas de direitos tomados no período anterior”. O documento lembra que, no atual período, os bancos federais voltaram a ser referência para a população brasileira e foram fundamentais para que o Brasil superasse sem transtornos a crise financeira que se abateu sobre o mundo capitalista.
Apesar disso, a Contraf-CUT reconhece que ainda há muito a fazer para consolidar o papel efetivo de banco público, acrescentando: “com essa concepção, os bancários de todo Brasil realizam atos em defesa dos bancos federais. Essas manifestações levam em conta os dois projetos políticos que disputam as eleições no próximo domingo, dia 31 de outubro”.
Ao lembrar que para os trabalhadores estão claros os objetivos que cada projeto defende ao ser analisada a história recente, o texto da Contraf-CUT afirma que o projeto tucano é o que prevê a privatização, a retirada de direitos e o enfraquecimento dos bancários federais, tirando deles a possibilidade de intervir positivamente no mercado para garantir recursos e gerar renda para todos.
Diferentemente disso, de acordo com o documento, o projeto defendido pela candidata Dilma Rousseff é aquele que pretende continuar o ritmo de retomada do poder e importância dos bancos federais: contratação de mais funcionários, atendimento à população, fortalecimento do papel estratégico indutor do crescimento e gerador de riquezas.
Em outro trecho, o texto da Contraf-CUT esclarece que a votação no próximo dia 31 de outubro não é uma simples escolha de quem será o presidente do Brasil, mas a definição de que País queremos para o futuro e, neste contexto, que papel os bancos federais irão cumprir.
Também é dito que votar na candidatura tucana significa escolher o retrocesso, a volta das privatizações e da submissão à política neoliberal capitaneada pelos Estados Unidos. E mais: “escolher a candidatura de Dilma Rousseff, por outro lado, significa apontar para o crescimento, para a possibilidade de milhões de brasileiros terem direito à dignidade e à esperança de um futuro melhor e, neste contexto, ter bancos federais fortes, indutores do crescimento e balizadores de um sistema financeiro que inclua e fomente o setor produtivo”.

Entidades entregam documento a Dilma Rousseff

Em 15 de outubro, durante encontro de movimentos sociais e centrais sindicais com Dilma Roussef, realizado em São Paulo (SP), as entidades representativas dos empregados da Caixa entregaram à candidata do PT à Presidência de República o manifesto “Linhas gerais para a Caixa seguir mudando”. O documento é assinado posiciona-se em apoio à candidatura presidencial de Dilma Roussef, considerada a única capaz de desenvolver o Brasil aprofundando as conquistas democráticas com distribuição de renda e afirmando sua fisionomia soberana e pacífica diante do mundo.
O texto faz um comparativo de como a Caixa atuou em dois momentos distintos do cenário político-econômico do país. O primeiro mostra as mazelas perpetradas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, entre os anos de 1995 e 2002, quando a empresa viveu sob a ameaça permanente da privatização e os trabalhadores amargaram acordos seguidos de reajuste zero. O outro momento se refere aos oito anos de governo Lula (2003 a 2010). Nesse período, diferentemente do anterior, os bancos públicos federais reassumiram funções que os tornaram imprescindíveis para o desenvolvimento nacional e para a regulação do sistema financeiro e os empregados voltaram a ser mais valorizados, com o fim da RH 008 (demissões sem justa causa) e conquistas de sucessivos aumentos reais de salários.
O manifesto “Linhas gerais para a Caixa seguir mudando” é subscrito pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), pela Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef), pela Federação Nacional dos Gestores da Caixa (Fenag) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

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