Da CNB-CUT

Leia nota da Executiva Nacional dos Bancários sobre as audiências de conciliação

A audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre os representantes da Caixa e do BB e a Contec terminou, como era de se esperar, sem nenhum resultado concreto. Os bancos recusaram-se a fazer qualquer alteração em sua proposta de reajuste inicial.
A Contec, que representa menos de 5% da categoria bancária, entrou com pedido de dissídio coletivo no TST na última segunda-feira, desconsiderando todo o processo de negociação que vem sendo feito entre os representantes legítimos da categoria, os sindicatos, representados pela CNB/CUT, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A Contec desconsiderou também a unidade da categoria, reivindicada tanto nos bancos públicos quanto nos bancos privados, e entrou com dissídios isolados para Caixa e BB.
O que se viu no tribunal foi o resultado desta iniciativa equivocada. As direções do BB e da Caixa não arredaram pé na proposta original. O BB apenas concordou em antecipar R$ 500 da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e aceitou negociar a forma de desconto dos dias parados. A Caixa nem mesmo fez qualquer proposta, apostando todas as fichas no julgamento do dissídio.
O presidente do TST, Vantuil Abdala, tentou fazer uma proposta intermediária, mantendo o acordo da Fenaban e sugerindo R$ 1.000 de abono salarial, além da compensação dos dias parados. Mas nem isso sensibilizou os representantes dos bancos públicos.
A Caixa também informou que irá solicitar a abusividade da greve em caráter liminar, dentro do julgamento do dissídio. O julgamento pode acontecer no dia 21, caso o processo seja analisado a tempo pelo relator, o ministro Antônio Barros Levenhagen, e pelo Ministério Público do Trabalho.
A sucessão de equívocos que se viu no TST reforça a posição da CNB e da maioria dos sindicatos de bancários no País: a melhor solução para a campanha salarial é a negociação entre as partes. Apenas a livre negociação fortalece a unidade da categoria, reforça o movimento dos bancários e traz respostas negociadas às reivindicações da categoria.
A CNB/CUT respeita o TST, mas não considera adequada a intervenção da Justiça do Trabalho. O próprio presidente do Tribunal reconhece esta posição, reiteradamente, ao conclamar as partes ao diálogo.
O dissídio coletivo foi ajuizado, mas isso não significa que a negociação se encerra.
A Executiva Nacional dos Bancários continua em constantes tratativas junto à Fenaban, para encontrar um fim global ao impasse desta campanha salarial.
Precisamos encontrar uma proposta que abranja todos os bancários, tanto dos bancos públicos quanto da iniciativa privada. Para isto, a negociação exaustiva é a única solução.
A Executiva Nacional dos Bancários reuniu-se na noite de quarta-feira para avaliar os desdobramentos da conciliação inócua no TST, e mantém as discussões nesta quinta-feira, dia 14.
Reiteramos que os bancários devem manter a força do movimento em todo o País, para que a pressão faça os representantes patronais voltarem a negociar.

Executiva Nacional dos Bancários

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