Por Fábio Jammal Makhoul – CNB/CUT

Em 7 de junho, mais de 600 bancários dos quatro cantos do País reuniram-se no Hotel Hilton, na capital, para o 15º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil e o 20º Congresso dos Empregados da Caixa Econômica Federal.
Os dois eventos foram abertos em conjunto, e, este ano, integram a 6ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que começou em 5 de junho.
O presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas, disse na abertura que o objetivo dos Congressos é debater as questões específicas dentro da Campanha Salarial Unificada, que foi aprovada em 6 de junho por unanimidade pelos 1.200 bancários que participaram da Conferência. “Precisamos avançar no processo de unificação da categoria, com o contrato coletivo de trabalho” – afirmou Vagner.
O presidente eleito do Sindicato de Brasília e tesoureiro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, Jacy Afonso, destacou que os bancários estão entre as principais categorias da CUT. “Quando fundamos o Departamento Nacional dos Bancários (DNB) em 1985, éramos a primeira categoria organizada nacionalmente na estrutura da CUT. Os bancários sempre estiveram à frente e agora precisamos compartilhar nossa experiência com outras categorias, nesta reforma sindical. Ainda somos o único ramo de trabalhadores com data-base única e contratação coletiva nacional” – detalhou.
Como diretor da CUT, Jacy ressaltou que a idéia da Central é unir categorias com data-base no segundo semestre, como bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros para aumentar o poder de pressão contra o patronato. “Em 16 de julho vamos fazer uma grande manifestação para ampliarmos as conquistas nas campanhas salariais deste ano” – disse.
O diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, destacou que os patrões apostam na divisão dos trabalhadores, pois, com a desunião, é mais fácil rebaixar os acordos coletivos. “Historicamente nós só conquistamos algo com muita luta e união. E é isto que precisamos fazer agora, com um único acordo coletivo”.
O diretor de Administração da Previ, Francisco Alexandre, ressaltou que a unificação da categoria só se dará efetivamente quando os bancos públicos integrarem a mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban). “Não adianta só o cumprimento da Convenção Coletiva, isto é uma unificação parcial. Os problemas dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa são parecidos e precisamos somar esforços para ampliar as conquistas”.
A diretora da Fetec São Paulo, Maria Rita Serrano, lembrou que o evento que está começando é o segundo tempo da Conferência Nacional, que teve início em 5 de junho. “É um momento histórico, pois remete ao Congresso de 2000, em que os bancários do BB e da Caixa se uniram para defender o Banespa da privatização. Naquela época perdemos a batalha e o Banespa foi privatizado. Agora vamos vencer, com a unificação da categoria”.
Sônia Zaia, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, destacou que os bancários devem lutar para mudar a forma de administrar o BB e a Caixa. “São bancos públicos que devem trabalhar para o desenvolvimento do Brasil. Não podem ser administrados como empresa” – disse.

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