Da Agência Fenae

Mesmo consciente de eventuais dificuldades, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais centrais sindicais veem em Dilma Rousseff, a presidente eleita em 31 de outubro, as condições para manter o diálogo dos trabalhadores com o governo federal.
Para as centrais sindicais, a eleição de Dilma representa a manutenção de um projeto que permitiu a mais fantástica inclusão social da história deste país, além do respeito aos movimentos sociais, acrescentando ser possível manter a lógica de que o Brasil precisa crescer a partir do crescimento do seu povo.
Entre os temas que as centrais sindicais querem discutir com a Dilma estão o reajuste do salário mínimo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a legislação para terceirização, a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT – contra a dispensa imotivada), a modernização da organização sindical brasileira e a política econômica. O pré-sal é visto pela representação dos trabalhadores como uma oportunidade “para desenvolver uma poderosa cadeia produtiva na área de energia”.
Em relação ao salário mínimo, a CUT e as demais centrais sindicais defendem que seja usado como base o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e não o de 2009, que foi zero. Com isso, o salário mínimo teria um reajuste de aproximadamente 13%, correspondendo à inflação de 5% e PIB entre 7% e 7,5%, chegando a um valor próximo de R$ 580. As aposentadorias acima de um salário mínimo teriam 80% desse valor.

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