comitê caixa 100% publica

Com o objetivo de unificar e fortalecer as ações contra a proposta de abertura de capital do banco, a Fenae, Contraf, CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas criaram um comitê em defesa da manutenção da Caixa 100% pública. Essa foi uma das deliberações do ato em defesa da Caixa 100% pública, realizado na Câmara dos Deputados, na quarta-feira, dia 25, promovido pela Fenae, Contraf/CUT e gabinete da deputada federal Erica Kokay (PT/DF).

O encontro, que contou a participação de representantes das principais centrais sindicais do país, já agendou a primeira reunião, marcada para o dia 6 de março, com a participação de representantes da Fenae, da Contraf-CUT e das quatros centrais sindicais. O objetivo é debater e elaborar um calendário, com novas mobilizações, no sentido de unificar e fortalecer o movimento.
Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a Caixa é protagonista do desenvolvimento social do país. “Ela dobrou de tamanho, abriu mais agências, expandiu sua atuação, e quem ganhou foi a sociedade”, afirmou. Ele disse que o debate no Parlamento é importante, mas defendeu que a discussão seja levada também para Câmaras de Vereadores, Prefeituras, associações de moradores, entre outros segmentos. “É uma luta coletiva. Precisamos ter determinação, e esse comitê será fundamental para a vitória”, frisou.

A deputada Erika Kokay é empregada do banco e defende a empresa 100% público, pois consiste em defender o patrimônio brasileiro. “A Caixa é muito valiosa para o povo”, disse.
A vice-presidente da CUT, Carmem Helena Foro, afirmou: “Essa é uma luta da classe trabalhadora, que deve ganhar as ruas para mostrar o papel da Caixa Econômica Federal na vida dos brasileiros”. Emanoel Sousa de Jesus, representante da CTB, destacou: “Não somos apenas o maior banco público do país. Somos a única possibilidade do Estado brasileiro intervir no mercado financeiro”.

Jaury Luiz Chagas, representante da CSP-Conlutas, defendeu a unidade de todos os segmentos sociais para evitar a abertura de capital da Caixa. “Não podemos permitir que o banco do povo brasileiro seja entregue ao capital internacional”, disse. Já Idelmar Casagrande, da Intersindical, acrescentou: “Não estamos defendendo o corporativismo dos bancários e das entidades representativas. Defender a empresa significa defender o Brasil”.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf/CUT, o único banco público de fato é a Caixa Econômica Federal. “Se houver a abertura de capital, quem vai mandar na empresa são os acionistas. A Caixa não pertence ao mercado, mas ao povo brasileiro”. Ainda na avaliação de Cordeiro, o país precisa de uma instituição pública que continue revertendo seu lucro para o Estado investir em políticas públicas.

O ato em defesa da Caixa 100% pública também contou com pronunciamentos de dirigentes da Fenacef, Fenag, AudiCaixa, Aneac e Advocef. Participaram ainda representantes de entidades sindicais de todo o país e de algumas Apcefs.

Frente Parlamentar
Vários parlamentares prestigiaram o evento na Câmara. A formação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Caixa 100% Pública, por iniciativa da deputada Erika Kokay, é uma das ações que resultou do ato na Câmara. Existe a avaliação de não ser tolerável o governo tentar abrir o capital no momento em que o banco está em ampla expansão. Como Caixa já sofreu outros ataques, e os empregados e a sociedade resistiram, mais uma vez há a capacidade de evitar esse risco para o Brasil e para os trabalhadores.

Também participaram do ato a senadora Fátima Bezerra (PT/RN) e os deputados federais Luiz Couto (PT/PB), Assis Carvalho (PT/PI), Daniel de Almeida (PCdoB/BA), Chico Lopes (PCdoB/CE), Daivdson Magalhães (PCdoB/BA) e Luciana Santos (PCdoB/PE). Todos foram unânimes em defender a importância da Caixa continuar 100% pública, sempre a serviço do Brasil e dos brasileiros, e devem integrar a Frente Parlamentar que está sendo criada.

Fonte: Fenae Net

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