Dirigentes de sindicatos e federações de bancários de todo o país irão participar, no dia 24 de julho, em São Paulo, de uma oficina sobre a Norma Regulamentadora 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), que dispõe sobre prevenção em segurança e saúde no trabalho. A iniciativa do evento é da Secretaria de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).

Durante a oficina, os bancários participantes irão discutir e apresentar o texto base da NR-1, que está em consulta pública até o dia 26 de setembro. Cabe a essa norma regulamentadora estabelecer os requisitos mínimos para a prevenção em saúde e segurança no local de trabalho. O novo texto tem a meta de eliminar e reduzir os riscos à saúde, além de manter a integridade física e moral dos trabalhadores.

Segundo a Contraf/CUT, além de garantir a participação dos trabalhadores na construção da nova NR-1, é preciso também garantir a aplicação e cumprimento da norma dentro dos locais de trabalho. No entanto, ocorre que, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-1 é a norma das normas, cabendo-lhe englobar o conteúdo de outras normas regulamentadoras.

Para o trabalhador bancário, a luta é para fazer com que a NR-1 disponha sobre a reabilitação profissional e organização do trabalho, assim como outros temas e problemas que afetam a categoria bancária diariamente. Os problemas são inúmeros os problemas que afetam a saúde dos bancários, entre eles, assédio moral, metas abusivas e rotinas estressantes.

Em 2013, por exemplo, foram 18.671 afastamentos por problemas de saúde. A situação é preocupante, pois, do total de auxílios-doença acidentários concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervosos, que já ultrapassaram os casos de LER/Dort entre os profissionais bancários.

As sugestões dos bancários ao texto de alteração da NR-1, a serem definidas por ocasião da oficina, serão encaminhadas pela Contraf/CUT ao MTE. Uma das questões em estudo é a inclusão dos trabalhadores nos debates de segurança e saúde do trabalhador.
Concluída a fase da consulta pública, o texto final será analisado pelo Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) do MTE, integrado pelo governo, empregadores e trabalhadores.

Fonte: Fenae Net
 

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