Prezado colega,

Hoje, dia 12 de janeiro de 2016, a Caixa completa 155 anos. O que deve marcar esta data, porém, não são comemorações e festividades e, sim, mobilização e disposição de luta de cada um de nós, seus empregados.

A Caixa é a empresa que escolhemos para trabalhar. Conhecemos a importância da instituição para o desenvolvimento do país, e cumprimos com zelo, dedicação, competência e orgulho, cada uma de suas atribuições de banco público, seja na execução de programas sociais, no fomento à habitação e ao desenvolvimento urbano ou na prestação de serviços bancários. Muitas vezes, inclusive, realizamos este trabalho mesmo sem ter as condições adequadas, enfrentando problemas como deficiências na infraestrutura das unidades, processos defasados e sobrecarga de trabalho decorrente da falta de pessoal.

Neste dia, portanto, devemos lutar contra o enfraquecimento da Caixa. Devemos lutar por uma empresa que nos ofereça as condições necessárias para que possamos cumprir nosso papel, com melhores condições de trabalho e, sobretudo, com mais empregados.

Devemos, principalmente, lutar contra a maior ameaça que paira hoje sobre o papel social da Caixa: o PLS 555/2015. Este projeto de lei, de espírito privatista, prevê a abertura de capital de todas as empresas públicas do país, indistintamente. A partir da abertura de capital, as políticas públicas sob responsabilidade da Caixa correm risco, pois em empresas de capital aberto busca-se maximizar a rentabilidade do acionista, mesmo que em detrimento da função social da empresa. Perde-se, portanto, toda a sociedade para viabilizar o ganho dos investidores privados da empresa, como pudemos ver, recentemente, na SABESP, que optou por distribuir dividendos ao invés de investir na sua rede de distribuição.

Outros aniversários virão, mas precisamos deixar claro que se a Caixa cresceu, ganhou mercado, melhorou seu desempenho não foi apenas com as deliberações do Conselho de Administração e, sim, do corpo de empregados, cada um na sua função, com suas atribuições, trabalhando em conjunto em todas as partes onde se precisa da Caixa.

Orientação

Reúna-se com os demais empregados da sua unidade e leia esta carta aberta, e debata os rumos da nossa função como empregados de Caixa, na defesa de uma empresa forte e que cumpra sua missão e sua função social, de agente de execução de políticas de Estado.

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