Por Meire Bicudo – CNB/CUT

A Executiva Nacional dos Bancários esteve reunida em 23 de março, na capital, para discutir as primeiras datas e estratégias da Campanha Salarial dos Bancários de 2004. Todos os membros presentes fizeram avaliação da campanha do ano passado e reafirmaram a importância de uma campanha única.
Também foi referendado o calendário apresentado pela Executiva da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), que prevê a realização das conferências regionais até 30 de maio e a Conferência Nacional de 5 a 8 de junho.
Os dois primeiros dias da Conferência Nacional serão de atividades conjuntas para aprovação das reivindicações, estratégias e eixos da campanha e os dois últimos dias, 7 e 8, serão reservados para os congressos dos bancos federais. Por isso, quando os sindicatos forem eleger os delegados para as conferências devem observar a necessidade de haver paridade entre bancos públicos e privados na Conferência Nacional.
Todos os delegados dos congressos de bancos públicos deverão ter participado da Conferência Nacional. A CNB/CUT divulgará posteriormente os critérios para participação.
A entrega da Minuta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será no 16 de junho e a primeira rodada de negociação já está marcada para 23 de junho. “O objetivo é que as negociações transcorram nos meses de junho e julho e sejam finalizadas em agosto”, disse o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas.
A Executiva Nacional dos Bancários realizará um seminário nacional para seus componentes para discutir os principais pontos que guiarão as conferências regionais. Membros da Executiva Nacional deverão acompanhar cada uma destas conferências.
“Mesmo que no ano passado tenha sido reposto mais dinheiro no bolso do trabalhador do que nos oito anos do governo FHC, reconhecemos que poderíamos ter avançado. O principal objetivo da campanha unificada é a junção de forças para construir o Contrato Nacional de Trabalho envolvendo setores públicos e privados, a mobilização e a nossa greve nacional se as nossas reivindicações não forem atendidas. Vamos procurar o governo federal e os representantes dos bancos públicos e exigir que eles cumpram o que for negociado com a Fenaban” – afirmou Vagner Freitas.

Mobilização e temas

Para preparar a mobilização da categoria, as entidades sindicais devem elaborar uma agenda de reuniões nos locais de trabalho para discutir com os bancários a campanha salarial. A CNB/CUT irá preparar materiais com os principais temas a serem abordados para servirem de subsídio para os dirigentes e para os bancários, como: a estratégia de campanha, renda (que envolve salário, abono e pisos), filas, horário de atendimento, juros e crédito, demissões, com a inserção de uma campanha nacional pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que trata das demissões imotivadas e crescimento econômico com redução de juros.

Fortalecimento da campanha

A Executiva Nacional dos Bancários também decidiu buscar interlocução com o governo para avaliar o seu posicionamento em relação aos bancos públicos federais. As comissões dos empregados deste segmento deverão compor o comando único de campanha. Os bancários também vão, por meio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), procurar as demais categorias com data-base no segundo semestre para organizar ações conjuntas.
A próxima reunião da Executiva ficou indicada para o dia 13 de abril, quando também será debatida a mídia para campanha salarial.

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