A Caixa Federal adquiriu novos equipamentos portáteis chamados de espectrômetros que, por meio de fluorescência de Raio X, identifica ligas metálicas nas joias avaliadas de clientes e usuários. A utilização do aparelho está sendo chamada de penhor “express” e, de acordo com a Caixa, tem por objetivo aumentar a oferta de crédito.

O novo sistema de avaliação passou a ser implantado sem negociação com o Sindicato, que está cobrando do banco público a apresentação de informações técnicas e laudos médicos que comprovem que o equipamento não apresenta risco à saúde. “Recebemos denúncia de que o dispositivo vem com aviso de só poder ser operado por profissional qualificado. Estamos orientando os bancários a não manusearem o espectrômetro até que tenhamos a certeza de que não os prejudicará”, diz o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis.

Os primeiros aparelhos chegaram às agências de Taboão da Serra, Barueri e Itapecerica da Serra, mas segundo reportagem de O Estado de São Paulo, em 27 de julho, o objetivo da Caixa é que até 2015 tenha mil estabelecimentos com serviço de penhor – atualmente, do total de 4.117 unidades, 463 lidam com esse tipo de crédito.

A Caixa penhora joias em ouro e prata, pérolas, diamantes, relógios, canetas e utensílios de prata. A avaliação é feita por empregado que lida com uma série de produtos químicos. No entanto, o banco determinou que os empregados com função de caixa também façam esse serviço.

“Os avaliadores trabalham em locais mais reservados na unidade, não utilizam esse aparelho e quase não têm contato com o público. Ao colocar essa tarefa ao caixa, além de sobrecarregá-lo ainda mais, pode atrair a atenção de assaltantes”, afirma Dionísio. “Queremos a revisão de tudo isso. Se a empresa quer ampliar essa modalidade de crédito tem de ter mais avaliadores e com equipamentos adequados e seguros”, reforça o dirigente, que também integra a Comissão Executiva dos Empregados.
 

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