Fonte: Fenae

A rodada de negociação entre representantes dos empregados e da direção da Caixa, realizada na manhã desta terça-feira (22), em Brasília, terminou sem nada que se possa considerar como avanço por parte da empresa no trato das reivindicações apresentadas pelos trabalhadores para a campanha salarial deste ano. Os negociadores patronais informaram que a proposta para as questões específicas virá com o desdobramento das negociações com a Fenaban.

Para as representações dos empregados (Contraf/CUT e CEE/Caixa), a ausência de proposta da empresa, já à véspera das assembleias que discutirão o desfecho das negociações, deve ser respondida com a deflagração de uma greve a mais ampla e contundente possível, para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.

“A greve tornou-se uma necessidade para o conjunto da categoria e terá nos empregados da Caixa a sustentação esperada”, ressalta Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa. Além de aumento real e PLR digna, os bancários da Caixa vão à luta também por redução da jornada sem redução salarial, novo PCC, ampliação do quadro de pessoal da empresa, isonomia entre empregados antigos e novos, superação dos problemas do Saúde Caixa, garantia de sustentabilidade ao plano REG/Replan não saldado da Funcef e fim das discriminações a seus participantes, garantia do tíquete na aposentadoria a todos e como benefício contínuo, entre outras reivindicações específicas.

PFG

Na rodada de negociação desta terça-feira, a Caixa apenas reapresentou as premissas e a estrutura que estão sendo definidas para o Plano de Funções Gratificadas (PFG). A proposta global ainda está por ser concluída e colocada sobre a mesa para discussão com as representações dos empregados.

PFG é a denominação dada pela empresa ao Plano de Cargos e Comissões (PCC).

A novidade ficou por conta da tabela de remuneração com nove padrões, nos quais se daria o crescimento horizontal, e com 15 níveis para progressão vertical na carreira.

O modelo prevê a redução do número de cargos/funções de 120 para 55, sem que haja redução do número de postos hoje existentes. É feita a diferenciação entre funções de Agência, de Superintendência Regional, de Filial e de Matriz. É assegurada irredutibilidade salarial para a função enquanto a pessoa nela permanecer.

Funções de Tecnologia da Informação, de Auditoria e do Jurídico receberão nomenclaturas diferenciadas.

É estabelecida tabela de remuneração única para todas as funções gratificadas. Fica mantido o conceito de CTVA. O critério de mercado é eliminado para dar lugar a uma diferenciação com base no porte da unidade.

É previsto também no modelo jornada única de 6h ou de 8h para as novas funções gratificadas. A função de Avaliador de Penhor foi citada pelos representantes da Caixa como uma das que passariam a ter jornada de 6h.

A Caixa reiterou que será assegurada a implantação do PFG até 30 de dezembro, conforme previsto no acordo coletivo 2008/2009.

A CEE/Caixa reafirmou as premissas estabelecidas na proposta formulada pelos empregados para o novo PCC, entre as quais a extinção do CTVA, critérios para comissionamento e descomissionamento, e incorporação de funções.

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