Atualizada em 27/4/2021, às 11h51

A direção da Caixa entrou, nesta segunda-feira (26), com pedido de tutela cautelar antecedente na Justiça contra a indicação de paralisação das unidades do banco hoje, decisão deliberada em assembleias de empregados realizadas em todas as bases sindicais do País no final da semana passada.

Contudo, o juiz Maurício José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não deferiu o pedido da Caixa, o qual alega que a greve não tem fundamentação trabalhista e sim, cunho político e ideológico.

Em seu despacho, o juiz determinou que apenas os serviços de compensação bancária e o pagamento do auxílio emergencial, considerados essenciais, sobretudo neste período de pandemia, devam ser realizados.

Para ele, a motivação da greve tem cunho trabalhista, pois, entre as reivindicações, encontra-se a necessidade de aplicação dos protocolos contra a Covid-19, que não têm sido respeitada pela Caixa.

“O juiz apenas confirmou o que nós já sabíamos: a greve é legítima. Vamos cumprir a determinação de manutenção dos serviços essenciais e seguir a nossa luta pelos direitos de todos os empregados e pela Caixa 100% pública”, afirma o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

CE da Caixa afronta decisão do judiciário – a CE que a direção da Caixa enviou na manhã desta terça-feira desrespeita a decisão do judiciário, que foi acionado por ela própria. No comunicado, ela orienta a homologar o dia de hoje com “D”, que representa falta não justificada, ao invés de “M” ou “G”, códigos utilizados para homologar os dias de adesão a greves e paralisações, como prevê o item 3.26.7 do MN RH 035.

Denuncie – “A atitude da direção do banco comandado por Pedro Guimarães desrespeita os empregados e a decisão do judiciário. A CE divulgada é prova disso e deve ser incluída no processo. Se você está enfrentando esse ou outro tipo de problema em sua unidade, entre em contato conosco pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br. O sigilo é garantido”, lembra Leonardo.

Ofício à Vipes – sobre as reivindicações que estão sendo feitas neste dia de luta, a Apcef/SP encaminhou à Vice-presidência de Pessoas, na tarde desta segunda-feira (26), ofício em que ressalta a falta de resposta da Caixa diante dos inúmeros questionamentos que têm sido feitos pela Associação e pelas entidades representativas, como: o desrespeito à negociação coletiva e o pagamento, a menor, da PLR Social; a falta de ações concretas do banco para a inclusão dos bancários entre os grupos prioritários na vacinação contra a Covid-19; a insegurança jurídica que recai sobre os contratos de trabalho de empregados admitidos no concurso de 2014; o desmonte da empresa e a reestruturação imposta aos empregados; o desrespeito à jornada de trabalho; a cobrança abusiva de metas; entre outros.

No documento, a Apcef/SP pediu a marcação de mesa de negociação para o tratamento de todos os itens. Em resposta, a Caixa agendou reunião para 5 de maio.

“O momento é de união na luta pela Caixa 100% pública e pelos direitos que o banco tenta retirar dos empregados por meio de manobras administrativas, inclusive, não cumprindo itens do ACT, como o pagamento correto da PLR Social. A hora é agora!”, finaliza o diretor-presidente da Apcef/SP.

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