Os representantes dos empregados da Caixa veem com desconfiança os anúncios feitos pelo banqueiro e Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, em entrevista coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, 17 de maio.

“Entregar o Banco Central a um banqueiro de banco privado é preocupante, pois favorece o rentismo prejudicando o setor produtivo”, aponta o diretor da APCEF/SP, Edvaldo Rodrigues da Silva.

Ilan Goldfajn, o indicado para a presidência do Banco Central, é sócio do Itaú Unibanco. Já o Ministro, o banqueiro Henrique Meirelles, nomeado por Michel Temer, empenhou-se recentemente na reinvenção do Banco Original.

Enquanto abrem a carnificina contra os bancos públicos tentando mostrar, mais uma vez, que estes não têm capacidade de concorrência no mercado, dedicam-se a investimentos privados, dando continuidade ao projeto derrotado nas urnas, desde as eleições de 2.002, que atacava o trabalhador e colocava o País de joelhos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Apesar de Meirelles ainda não anunciar o nome do novo presidente da Caixa, as diretrizes que devem ser adotadas para o banco e os rumos que serão dados às políticas sociais e de desenvolvimento financiadas pela Caixa, os representantes dos empregados têm certeza de que as declarações apontarão para o esfacelamento da Caixa, a redução do mercado do Banco do Brasil e a redução gradativa dos programas sociais.

A APCEF/SP está fazendo o debate com os empregados e com a sociedade. “A hora é de resistir, vamos lutar para que os nossos direitos não sejam retirados, como estão ocorrendo os primeiros encaminhamentos feitos por este governo interino, que não tem interesse em manter a Caixa como um banco social”, reforça o diretor da entidade.

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