Da CNB/CUT

Funcionários de mais de trezentas agências bancárias de todo o País mobilizaram-se em 11 de setembro e pararam suas atividades para protestar contra a ganância dos banqueiros, em mais um Dia Nacional de Luta. A mobilização foi marcada em 8 de setembro, depois que os banqueiros não aumentaram o índice de reajuste de 10% que propuseram durante rodada de negociações e ainda alegaram não ter “condições” financeiras para repor a inflação do período, registrada em 18%.

Protestos

Os protestos agitaram o Brasil inteiro e, de acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas, mostram o quanto os bancários estão mobilizados e querem recompor o seu poder de compra. “Os banqueiros cobram seus funcionários diariamente, atrás de metas absurdas e abusivas. Mas na hora de pagar um salário justo têm a coragem de dizer que o índice pedido pelos bancários é muito alto” – lamentou Vagner.
Diariamente os jornais de economia ressaltam em suas páginas o “mar de rosas” pelo qual passa o sistema financeiro. Os bancos lucram hoje no Brasil quatro vezes mais que o setor produtivo e até os empresários reclamam da falta de crédito e dos altos juros que impedem o Brasil de crescer. “Tudo isto mostra a ganância dos banqueiros. Eles fazem questão de destacar, nas belas propagandas que fazem na TV, sobre a sua responsabilidade social. Mas que responsabilidade social é essa que, mesmo com lucros altíssimos, não têm coragem de recompor a inflação do período para os seus funcionários?” – questionou Vagner.

São Paulo – paralisações

Veja como foram as mobilizações no Estado:

• ABC: paralisação em mais de 30 agências e cinco PABs;

• capital: paralisação no Unibanco/ agência Patricarca, Unibanco Centro Administrativo (CAU), Unibanco/agência Boa Vista, Unibanco/USB São João. Assembléia pela manhã deliberou por manter paralisação durante o dia todo;

• Bauru: paralisação até 12 horas em nove agências de bancos privados: BBV, Itaú, Sudameris e Unibanco (todas localizadas na Praça Portugal); Bradesco, Itaú e Real (Rua Luis Aleixo) – todas na região da Avenida Duque de Caxias – e, ainda, Bradesco e Nossa, localizadas na Avenida Rodrigues Alves.
Paralisação de 24 horas nas agências da Caixa: posto de atendimento do Jardim Contorno, agência Centro, Agenor Meira, Altos da Cidade. A agência da Caixa em Santa Cruz do Rio Pardo também paralisou atendimento até às 12 horas;

• Taubaté: paralisação em oito agências da base, atingindo os seguintes bancos: Bradesco, Itaú, Unibanco, ABN Real, Sudameris, BBV, Santander d HSBC, durante todo o dia;

• Mogi das Cruzes: paralisadas uma agência do Unibanco e uma agência do HSBC;

• Limeira: retardou abertura de 12 agências até às 11 horas. Bancos atingidos: Itaú, BCN, Bradesco, Santander Brasil, Mercantil do Brasil, Sudameris, ABN Real, Unibanco e HSBC;

• Assis: retardou em uma hora abertura das agências do HSBC, Mercantil do Brasil e Banco do Brasil;

• Vale do Paraíba: protesto em uma agência do Santander Banespa;

• Guarulhos: assembléias na região central da cidade recusou proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Participaram funcionários dos seguintes bancos: BBV, Safra, Santander e Banco do Brasil;

• Jundiaí: cinco agências paralisadas (duas do Santander e três do Unibanco) durante todo o dia.

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