Da Agência Fenae. com Contraf-CUT

O segundo dia da greve nacional dos bancários registrou forte ampliação do movimento por todo o País. Foram fechadas mais 2.057 agências nesta quarta-feira, dia 28, elevando para 6.248 o total de unidades de bancos públicos e privados paralisadas.
Roraima é único Estado ainda fora da mobilização, mas a adesão dos bancários do Estado já está definida para segunda-feira. A assembléia que tomou a decisão ocorreu na noite desta quarta.
O levantamento é da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir de dados enviados pelos sindicatos até as 18 horas de ontem.
“A velocidade com que a greve se amplia e se fortalece não deixa dúvida quanto à insatisfação dos bancários com seus salários e com a sobrecarga de trabalho a que estão submetidos diariamente, sob forte pressão pelo cumprimento de metas, sem prevenção e assistência adequadas à saúde”, ressalta Jair Pedro Ferreira, vice-presidente da Fenae e coordenador da Comissão Executiva Empregados da Caixa (CEE-Caixa).
A greve dos bancários foi deflagrada após cinco rodadas de negociação com Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), sem avanços nas discussões. No último encontro, dia 23 de setembro, em São Paulo, os bancos ofereceram reajuste de 8%, proposta que foi prontamente recusada pelos trabalhadores.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
“A responsabilidade pela retomada e evolução do diálogo está com os bancos. Cabe à Fenaban apresentar uma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários e às direções dos bancos públicos compete apresentar avanços na mesa de negociações específicas”, lembra Jair Pedro.

Compartilhe: