Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

A greve por tempo indeterminado dos bancários em São Paulo ganhou força nesta quinta-feira, dia 9, segundo dia da paralisação: pararam 744 agências bancárias e 11 centros administrativos em um total estimado de 35.150 bancários. No dia anterior, aderiram mais de 26 mil trabalhadores em 682 locais de trabalho.
“A greve está cada dia mais forte. Os banqueiros já conhecem há quase dois meses quais são as nossas reivindicações e têm condições de atendê-las. Enquanto a federação dos bancos não apresentar uma proposta à altura do trabalho empenhado pelos bancários, a greve continua”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Nos centros administrativos estão instaladas as centrais de atendimento telefônico e da área de sistemas do Itaú (CAT), Bradesco (Telebanco), Real (Call Center), Unibanco (CAU), Banco do Brasil (Verbo Divino) e Caixa Econômica Federal (Paulista e Rerop Osasco). Os call center do Itaú, Real e Bradesco abriram por volta das 13h por meio de interdito proibitório e força policial acionada pelos bancos.

Ato e assembléia – Os trabalhadores da capital programaram um ato nesta sexta-feira, dia 10, pelo centro da cidade. A manifestação terá início às 15h, em frente à Bolsa de Valores (Rua XV de Novembro) e depois os bancários sairão em passeata pela região.
Na segunda, dia 13, às 17h, haverá uma nova assembléia para avaliar o movimento e deliberar sobre a continuidade da greve. Para participar, é necessário apresentar carteira funcional ou crachá do banco com foto.

Brasil – A greve se fortaleceu também no restante do Brasil e 3.570 agências bancárias em todas as capitais e grandes cidades do País permaneceram fechadas nesta quinta-feira, dia 9, além de grande parte dos centros administrativos de Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Na quarta-feira eram cerca de 3 mil locais de trabalho parados.

Aumento – A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado. Até agora não há negociação marcada.

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