A Caixa é do povo. A Caixa não se vende. Este foi o coro que ecoou em todo o país na sexta-feira, 12 de janeiro, em atos pelo aniversário de 157 anos da Caixa e em defesa do banco público.

Em São Paulo, os empregados do banco público e membros de movimentos sindical, social e de moradia reuniram-se em frente à agência Avenida Paulista e dialogaram com a população, distribuíram cartilhas, lançaram o Comitê Estadual de Defesa da Caixa 100% pública e fizeram o abraço simbólico ao prédio da agência.

“Este ato simboliza a resistência do povo em manter a Caixa 100% pública. Não é só uma luta corporativa dos empregados da Caixa, é uma luta dos movimentos sociais, de moradia e toda população que é beneficiada com os programas da Caixa como saneamento, infraestrutura, benefícios sociais e tantos outros. Tudo isso passa pelo banco público”, afirma uma empregada da Caixa, que participou do Ato na Avenida Paulista.

Para os representantes dos movimentos que lutam por moradia popular e digna para todos, a presença da Caixa é imprescindível para a realização dos sonhos e para atender as necessidades dos cidadãos.

“Estamos lutando junto com os empregados da Caixa e com o movimento sindical para resgatarmos a força do Programa Minha Casa Minha Vida, que está sendo enfraquecido pelo governo Temer. Neste momento, atuamos em área de risco na região de Sapopemba, na cidade de São Paulo, que abriga cerca de 3 mil famílias. Estamos à espera da liberação de recursos para a construção de moradias em sistema de mutirão”, conta Fabiana Jesus Gomes, membro do movimento por moradia popular Força União.

Ednaldo Fernandes da Silva, que é um dos coordenadores do movimento União de Luta por Moradia e Cortiços, reforçou que é preciso a permanência da Caixa como banco público, pois é a única ferramenta para atender, de forma acessível, as demandas da sociedade.

“Estamos no sufoco e fazendo a nossa luta por direito à moradia. Estivemos em Brasília em conversa com a Caixa, mas por enquanto não liberaram recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e as obras do conjunto habitacional no bairro Fazenda da Juta, que vai atender mais de 300 famílias, continuam paradas”, diz Ednaldo. Ele ainda conta que a Caixa quer aumentar os juros anuais nos contratos de financiamento. “Isto é, querem inviabilizar o acesso dos mais pobres”, reforça.

“Este Ato Político de sexta-feira mostra a nossa disposição para a luta. Os movimentos estão unidos em defesa da Caixa 100% pública e conscientes da importância do banco público para o desenvolvimento do país e da sociedade”, afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

Confira mais imagens do Ato na Paulista.

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