Da Agência Fenae

Em ato público ocorrido de meio dia às 13 horas desta quarta-feira, 27 de outubro, em frente à Matriz da Caixa, em Brasília, centenas de empregados expressaram apoio à luta em defesa da empresa como banco público, a serviço do desenvolvimento social e econômico do País.
A manifestação se soma a diversas outras realizadas nesse momento em que o futuro das estatais volta ao centro do debate, por conta da disputa política deste segundo turno da eleição presidencial, em torno de dois projetos de país claramente diferenciados, sobretudo no que se refere ao tratamento dispensado ao patrimônio público.
No domingo, dia 31 de outubro, será decidido se as empresas estatais que escaparam das privatizações da era FHC seguirão prestigiadas e fortalecidas como instituições indispensáveis ao Estado brasileiro, a exemplo do que ocorre no governo Lula, ou se voltarão a ser encaradas como estorvos a serem descartados a preço de banana.
Atos como o de hoje na Caixa foram realizados também na Petrobras e no Banco do Brasil, ambos na semana passada. O primeiro ocorreu no Rio de Janeiro e o segundo em Brasília.
O presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, lembrou em frente à Matriz da Caixa o duro período da luta de resistência contra o desmonte da empresa, durante o governo neoliberal tucano, e abordou também o processo de resgate do banco como instrumento de políticas públicas durante o governo Lula. “A Caixa e demais instituições financeiras públicas exercem papel determinante no crescimento do país com distribuição de renda e foram decisivas na superação da crise mundial pelo Brasil. Trata-se de um projeto em que a nossa empresa vem sendo cada vez mais fortalecida e por isso temos a responsabilidade de respaldá-lo, para que avance ainda mais, sem retrocessos”, enfatizou.
O ato na Matriz contou ainda com as presenças dos dirigentes da Fenae Jair Pedro Ferreira, Fabiana Matheus e Ely Freire.
O empregado da Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Enilson Cardoso, abordou inúmeros fatos do período em que a Caixa viveu sob a ameaça tucana de privatização, ressaltando como consequencia a destruição do “sentimento de vínculo e pertencimento” do empregado em relação à empresa.
Já a deputada distrital Érika Kokay, empregada da Caixa recém-eleita deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, destacou a contribuição que tem sido dada pela empresa para a superação das desigualdades e a eliminação da pobreza no país. “No projeto de país iniciado com o operário Luís Inácio Lula da Silva, em breve a fome será coisa do passado. E nós da Caixa estamos contribuindo para isso com o nosso trabalho”, frisou a parlamentar.
A defesa da Caixa levou também ao ato público integrantes da cooperativa de materiais recicláveis Reciclo, de Riacho Fundo, uma das cidades do Distrito Federal. A cooperativa foi estruturada com apoio da Caixa Econômica Federal. Além de equipamentos para o trabalho, a empresa doou 50 casas à comunidade dos recicladores. Durante o evento, o representante da Reciclo, Gervásio dos Santos da Silva, afirmou: “A Caixa realizou o maior sonho da nossa vida, o sonho de ter uma moradia. Se não fosse a Caixa, nós estávamos até hoje morando em invasão. Nós conseguimos nossa casa com o Minha Casa, Minha Vida. Por isso, eu levanto a minha bandeira para dizer não a privatização da Caixa. Não só nós da Reciclo, mas todas as pessoas de baixa renda tiveram o apoio da Caixa”.

Compartilhe: