A possibilidade de reabertura do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) da Caixa gerou inúmeros questionamentos e apreensão entre os empregados.

Por conta disso, a Apcef/SP enviou ofício ao banco onde cobra esclarecimentos sobre o processo.  A intenção é saber se o processo realmente irá ocorrer, se é uma continuidade do anterior, qual o prazo para a nova adesão e qual o período de efetivação do desligamento. Já que estas informações não foram divulgadas pela Caixa.

A reabertura do PAA vem para agravar a falta de empregados e contrasta com a não retomada das contratações. “Diariamente constatamos o aumento das obrigações, com o comprimento de metas inatingíveis, bem como a sobrecarga de atividades que também têm deteriorado as condições de trabalho nas unidades”, aponta o ofício.

Na comparação do primeiro trimestre de 2016, com o mesmo período de 2015, a Caixa fechou 3.305 postos de trabalho em um ano. Em boa parte devido justamente ao PAA. Isso embora o banco tenha atingido um lucro líquido de R$ 838 milhões nos primeiros três meses deste ano.

No Plano de Apoio à Aposentadoria deste ano, cujo prazo de adesão terminou em 31 de março, o banco pode ter desligado mais 1.500. Anteriormente, a direção do banco confirmou que não iria repor as vagas. Enquanto isso, há 30 mil aprovados no concurso público de 2014 aguardando convocação. Foi um dos maiores certames da histórica, com quase 1,2 milhão de inscritos. Menos de 8% aprovados foram efetivamente admitidos.

“Se esta decisão de abertura de um novo PAA for confirmada em tão pouco tempo, isto só denota que a Caixa está realmente em processo de desmonte e desestruturação interna, facilitando um futuro processo de privatização”, criticou Edvaldo Rodrigues, diretor da APCEF/SP. Até o momento o banco não respondeu o ofício.

 

Compartilhe: