A aplicação do instrumento de combate ao assédio moral pela Caixa foi um dos temas discutidos pelos representantes dos trabalhadores e a vice-presidência de Gestão de Pessoas do banco em reunião ocorrida no último dia 6, em Brasília.
Participaram do encontro o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, o dirigente da Associação, Rafael de Castro Leite Pereira, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, o dirigente sindical Kardec de Jesus, e o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), Jair Ferreira.
Os representantes da Caixa afirmaram que, após assinarem o termo de adesão à cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), enviaram comunicado interno aos empregados afirmando que condenam o assédio moral. Também elaboraram uma cartilha para orientar o quadro de empregados.
Denúncias – o assédio moral é um dos principais problemas enfrentados pela categoria e, para combatê-lo, é necessário também que os empregados denunciem. “Após a denúncia, o Sindicato tem 10 dias para apurar as informações e levá-las ao banco, que, por sua vez, tem até 60 dias para resolver o problema”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os empregados têm a identidade mantida em sigilo, posição essa acatada pela Caixa”, lembrou.
Mais empregados – os representantes dos trabalhadores também reivindicaram a contratação de mais empregados para as agências para desafogar, principalmente, os funcionários que estão sobrecarregados após a extinção da RETPV. Além disso, também foi reivindicado que não haja cobrança de venda de produtos para os caixas.
Ponto eletrônico – na reunião, a representação dos empregados denunciou a extrapolação da jornada sem o devido registro no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).
A direção da Caixa ficou de tomar providências para coibir esse abuso. “Se o problema continuar, divulgaremos todas as agências que desrespeitam a jornada dos empregados”, avisou Juvandia Moreira.
Integração de sistemas – uma das maiores reclamações dos empregados é o retrabalho no manuseio do sistema nas agências. A direção da Caixa informou que, em um período curto, resolverá o problema com a integração do sistema.
Inclusão – a presidenta do Sindicato falou também sobre as reivindicações de bancários com deficiência visual, que têm dificuldade para fazer cursos da Universidade Caixa, um dos pré-requisitos para que as pessoas tenham ascensão profissional. A representação dos empregados propôs que, enquanto não houver a adaptação do sistema a essas pessoas, os cursos não sejam levados em consideração no Programa de Seleção Interna (PSI). Representantes do banco comprometeram-se a verificar o problema e a apresentar uma solução.
Saúde Caixa – os bancários reivindicaram, também, a ampliação da rede credenciada do Saúde Caixa para atender melhor os empregados.
“Os itens tratados no encontro precisam, urgentemente, de uma solução”, afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP. “Estamos atentos e cobraremos um breve retorno da direção da Caixa aos nossos questionamentos”, completou.


Foto: Augusto Coelho – Fenae

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