Caixa descumpre Acordo ao deixar de fazer notificação

Os empregados de uma agência pertencente à SR Paulista, viveram um pesadelo em 8 de dezembro. A unidade foi invadida no fim da tarde por homens armados. Todas as pessoas que estavam no local foram mantidas reféns dos criminosos.
De acordo com a cláusula 29 (foto) do Acordo Coletivo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), no seu parágrafo segundo, assalto, sequestro ou tentativa de sequestro de bancários são considerados acidentes de trabalho e é garantido ao trabalhador a emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) para todos os empregados presentes no momento do sinistro.

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Além disso, todos os empregados têm o direito de passar por uma avaliação médica que indicará uma eventual necessidade de afastamento.  
A APCEF/SP denuncia a prática adotada pela Gipes/SP, que tem descumprido o Acordo Coletivo de Trabalho, ao realizar “triagem” para apontar quem está “mais abalado” e, assim, sugerir a abertura de CAT apenas para alguns empregados. Caso contrário, afirmam que “não há necessidade de abertura de CAT”, segundo a Gipes/SP.
Pesquisas apontam que, na categoria bancária, o estresse pós-traumático ou síndrome do pânico em decorrência de assaltos é constante e tem afastado bancários e bancárias das suas atividades. A CAT é uma proteção ao trabalhador nesses casos.
A APCEF/SP esteve no local  para conversar com os empregados e encaminhou ofício cobrando, da Caixa, a emissão da CAT para todos os empregados envolvidos em assaltos. Porém, até o fechamento desta edição, ainda não recebemos resposta alguma.
De acordo com o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, é um absurdo ter de cobrar da Caixa o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, do qual o banco é signatário, em questões tão fundamentais como esta. Respeito aos direitos dos seus empregados é o mínimo que se espera de uma instituição que se diz socialmente responsável”, disse.  

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