Na reunião entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e os representantes da direção da empresa no último dia 15 foram discutidos, entre diversos temas, o modelo de reestruturação da rede, o fim do convênio entre Caixa/INSS/Funcef e a jornada de trabalho dos gerentes gerais. 

Reestruturação

Durante a reunião, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) – que representa os trabalhadores na mesa de negociações – questionou os representantes da direção do banco sobre o modelo de reestruturação na rede, reforçando que o tema deve ser discutido em mesa permanente, buscando mitigar os impactos de medidas deste tipo sobre a vida funcional e pessoal dos empregados, como prevê o artigo 48 do Acordo Coletivo.
O novo modelo foi apresentado pela direção da empresa aos superintendentes, em Brasília, dia 2 de dezembro.
A CEE também questionou o posicionamento oficial da empresa de que a matéria ainda está em estudo, externado publicamente pelo banco em “streaming” do então vice-presidente de Distribuição, Atendimento e Negócios (Vidan), Valter Nunes. No entanto, há notícias até mesmo de adequação física de agências para se adaptar ao modelo proposto.
A representação do banco, ao tentar negar que a reestruturação está em curso, trouxe respostas que confirmam o modelo.
Os representantes da Caixa disseram que as mudanças buscarão adequar a estrutura ao novo modelo de banco proposto pela direção a partir de estudos que estão sendo feitos por um grupo de trabalho com a participação da rede. Disseram ainda que foi suspensa as nomeações para funções já em preparação para a reestruturação e confirmaram as bases do modelo ao responder que, nas cidades em que há apenas uma agência, será mantido o formato de “agência universal”.
Em flagrante contradição, a Caixa negou mudanças drásticas, mas falou de um “estudo” para verificar se há “sombreamento” nas funções e promover uma revisão de atribuições.

Jornada de trabalho

Ainda durante o encontro, a CEE cobrou o pagamento das horas extras dos gerentes gerais e o fim de jornadas que extrapolem 44 horas semanais.
Os representantes da Caixa responderam que não caberia o controle da jornada dos gerentes gerais e que eles usualmente se ausentariam das unidades durante o horário de funcionamento para tratar de assuntos particulares.
Também responderam que os gerentes gerais, na prática, extrapolam o horário determinado para almoço, sendo esta uma prática comum no segmento.
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) respondeu que a afirmação não corresponde à verdade e que, inclusive, houve um caso de descomissionamento quando um gerente geral foi ao médico durante o horário de funcionamento da unidade. Também apontou casos flagrantes de extrapolação, como nas agências digitais, que funcionam das 8 às 22 horas.
Os representantes da Caixa responderam que não farão o controle da jornada dos gerentes gerais e que os acordos de compensação, a exemplo dos feirões e pagamento do FGTS, deveriam ser ajustados localmente.
A CEE apontou que a prática sujeita os gerentes gerais a ingerências e externou a preocupação com a saúde dos trabalhadores.
Cobrou ainda que o tema seja abordado em novas reuniões e que sejam definidos parâmetros para os gerentes gerais, visando garantir a eles condições de trabalho adequadas.

Convênio Caixa/Funcef/INSS

A CEE cobrou o restabelecimento do convênio e, enquanto não ocorre, que a empresa e a Fundação da qual é patrocinadora apliquem formas de mitigar os prejuízos que o fim do convênio trouxe aos ativos e aposentados.
Chamou atenção, também, para o potencial aumento de problemas para a empresa e para os trabalhadores decorrentes da marcação das perícias de forma descentralizada, pelo próprio empregado, e alertou sobre os efeitos do fim do convênio para a Caixa inclusive do ponto de vista comercial. A Caixa respondeu que está buscando alternativas para o convênio.
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