A agência Vila Diva, na capital, permaneceu fechada até às 12 horas de hoje, 12 de abril, em protesto dos empregados pela demissão de um técnico bancário em estágio probatório, além de reivindicarem a saída da gerente geral da unidade, que estaria assediando moralmente os funcionários. A manifestação foi acompanhada pela APCEF/SP e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a pedido dos trabalhadores. A unidade só foi reaberta depois de concluídas as negociações com o superintendente do Escritório de Negócios Ipiranga, Carlos Henrique Bocchi Pereira, que compareceu ao local.
Histórico
Depois de várias reclamações recebidas de empregados da agência Vila Diva, contrárias ao resultado da avaliação do técnico bancário Armando Antonio Gonçalves Veiga, que encontrava-se em estágio probatório e o qual foi desligado da empresa, a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus, e o assessor da Associação, Marcos de Castro, estiveram reunidos, em 30 de março, com o superintendente do EN Ipiranga para pedir a reversão da dispensa do empregado.
Durante a reunião, representantes da APCEF/SP informaram que Armando, na verdade, era apenas mais uma vítima dos mandos e desmandos da gerente geral da agência Vila Diva, Rosa Maria Fidalgo Tieppo de Figueiredo, de acordo com informações dos próprios empregados.
A APCEF/SP recebeu denúncias em relação ao assédio moral a que vêm sendo submetidos os trabalhadores da agência que revelaram, ainda, a política autoritária da gerente.
Nos 25 meses de atuação de Rosa Maria à frente da gerência geral da agência foram formalizados quatro desligamentos de técnicos bancários em estágio probatório e inúmeras transferências.
Na ocasião, o superintendente ficou de dar um posicionamento quanto à situação o mais rápido possível.
Empregados formam comissão
Em 5 de abril, empregados da agência Vila Diva solicitaram uma reunião, fora da unidade, com representantes da APCEF/SP. Um número significativo de trabalhadores compareceu ao encontro e foi incisivo: “É impossível continuarmos a trabalhar com a gerente geral da agência. Não temos confiança nela, estamos esgotados com essa sensação de insegurança constante” – comentaram os trabalhadores.
Dessa reunião, tirou-se uma comissão de empregados para acompanhar os representantes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários em um encontro com o superintendente do EN Ipiranga na mesma semana.
Previsto para acontecer em 8 de abril, o encontro não ocorreu. Representantes dos empregados e das entidades decidiram, então, paralisar as atividades em 12 de abril.
Superintendente comparece à agência
Os empregados recusavam-se a retomar as atividades na unidade sem que as reivindicações fossem atendidas pelo superintendente Carlos Henrique.
Durante a manhã, o superintendente foi à agência e, mais uma vez, foi pedida a reversão do desligamento do técnico bancário e a saída da gerente geral. “Vamos manter a gerente geral afastada nas próximas duas semanas para averiguarmos o caso. Até 23 de abril teremos um posicionamento” – comprometeu-se Carlos Henrique. “Quanto à reversão, vamos verificar nas áreas de RH da Caixa as alternativas possíveis para solucionar a situação do empregado” – completou.
Abaixo-assinado
Empregados da agência Vila Diva subscreveram abaixo-assinado a ser encaminhado para o Escritório de Negócios Ipiranga que pede a reversão da dispensa do técnico bancário por considerar a avaliação injusta, uma vez que essa não refletiu o real desempenho do empregado no período do estágio probatório.
Das quatro pessoas que participaram da avaliação do empregado, apenas uma manteve seu posicionamento de reprovação do técnico bancário durante encontro com o superintendente nas manifestações de 12 de abril. Os demais devem encaminhar outro documento, também para o EN Ipiranga, solicitando a reversão da dispensa.