As mudanças nas regras de cobrança do Imposto de Renda sobre Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) não entrou na pauta do encontro que as centrais sindicais tiveram na quinta-feira, 3 de maio, com a presidente Dilma Roussef.

Esse assunto e outras reivindicações da pauta dos trabalhadores como fim do fator previdenciário e jornada de 40 horas sem redução de salário, serão discutidos em reunião agendada para terça-feira, 8 de maio, às 11 horas, em Brasília, mas sem a participação da presidenta. O governo será representado na negociação pelos ministros Gilberto Carvalho e Brizola Neto, da Secretaria Geral da Presidência da República, e do Ministério do Trabalho e Emprego, respectivamente.

Poupança

Dilma informou que a pauta da reunião de ontem era outra: as mudanças nas cadernetas de poupança. Ela queria pedir o apoio do movimento sindical à medida. Após a cobrança da CUT, Dilma determinou que os ministros conversassem com os sindicalistas o mais rápido possível sobre a pauta dos trabalhadores.

A presidenta Dilma Rousseff disse para os sindicalistas que o governo não vai mexer na remuneração das atuais poupanças. Isto significa que a nova regra não será aplicada na remuneração dos cerca de R$ 100 milhões que já estão depositados. Vale apenas para os novos depósitos que forem feitos e para as novas poupanças que forem abertas.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, "o fato do governo não mexer nas poupanças atuais é positivo, afinal, todos os direitos serão preservados". Artur argumentou, no entanto, que a direção da central ainda vai analisar o impacto das medidas em outros fundos para poder falar com conhecimento de causa sobre a questão.

Pelas novas regras a remuneração atual da poupança (6,17% ao ano mais variação da Taxa Referencial – TR) vai ser substituída pela variação da TR mais 70% da taxa básica de juros (Selic), quando esta chegar a 8,5% ao ano ou menos. A alteração, que virá por meio de medida provisória, é válida apenas para as aplicações a partir da sexta 4. Nada muda nos depósitos antigos.

Fonte: CUT com Agência Fenae

Compartilhe: