De acordo com informações dos Sindicatos, quase 40% das agências do País estavam paradas ontem, dia 6.
Esse número indica que esta já é a maior greve da categoria das últimas duas décadas, demonstrando o poder de mobilização dos bancários na luta por melhores condições de trabalho e por um reajuste digno.
Ontem, 7.723 unidades paralisaram suas atividades, de acordo com dados fornecidos à Confederação Nacionald os Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, “o aumento contínuo da paralisação mostra a crescente indignação dos bancários com o desrespeito dos bancos”.

• Má-vontade da Fenaban e da Caixa
A falta de vontade da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e da direção da Caixa em negociar é evidente.
De acordo com a Contraf-CUT, a Fenaban não respondeu à carta enviada na segunda-feira, dia 5, pelo Comando Nacional dos Bancários, em que critica a adoção de práticas antissindicais por parte das instituições financeiras e na qual deixa clara a disposição dos trabalhadores em retomar as negociações.
“Estamos no nono dia de greve e tanto os banqueiros quanto a direção da Caixa sequer manifestaram a intenção de retomar os debates acerca da pauta de reivindicações dos bancários, seja ela a geral da categoria, seja a específica”, indignou-se o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “Para mudar essa situação, só mesmo aumentando a paralisação em todo o País”, concluiu.

• Bancários têm apoio da UNI Américas
Em nome dos bancários brasileiros, a Contraf-CUT recebeu a solidariedade da UNI Américas, integrante da UNI Sindicato Global, que representa os trabalhadores dos setores de serviços das Américas do Sul, Central e do Norte.
A entidade também enviou ofício ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, propondo a retomada das negociações com o Comando Nacional dos Bancários.
“Reforçamos o apoio internacional aos trabalhadores bancários no Brasil e defendemos a necessidade de retomar as negociações com os sindicatos, já que notoriamente os bancos brasileiros apresentam condições extremamente favoráveis para contribuir para o desenvolvimento social e econômico do País por meio da valorização dos seus funcionários”, conforme um trecho do documento da UNI.

• Empregados da Caixa fortalecem a greve
Entre as unidades vinculadas às SRs da capital, destaque para o movimento grevista no âmbito das SRs Ipiranga, Pinheiros e Sé, que não possuem agências abertas.
No interior, a greve mantém-se forte, com participação maciça dos empregados da Caixa.

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