O segundo dia do Inspira Fenae 2022 começou com a mulher mais disruptiva do mundo em 2021. Nina Silva, uma das fundadoras do Movimento Black Money (MBM), recebeu o prêmio da Women in Tech Global Awards 2022. “O rosto de disrupção feminino hoje, no mundo, é uma cara preta. É uma cara brasileira. Que você não viu no Jornal Nacional nem nas grandes revistas por ser uma cara preta”, disse Nina.

Agora ela está na Forbes – e contou, durante a palestra no Inspira, como transformou o racismo vivido durante sua carreira profissional em um grande negócio para promover o afroempreendedorismo. “Infelizmente quando a gente fala em inclusão produtiva, econômica e social no Brasil, é preciso tirar o band-aid e olhar para as feridas – para poder tratá-las, curá-las. Então, sim, nós vamos falar das nossas feridas”, pontuou Nina. O Movimento Black Money é uma plataforma digital que cria oportunidade de negócios, inclusão financeira e permite a interação entre consumidores e empreendedores negros.

 

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Nina Silva também explicou como a desigualdade de gênero e racial impactam a economia. “No Brasil, por ano, a gente deixa de inserir no PIB [Produto Interno Bruto], por conta da desigualdade de gênero, R$ 500 bilhões; por conta da desigualdade racial, deixamos de inserir R$ 808 bilhões. E informou outro dado perturbador – 1% dos homens brancos mais ricos do Brasil recebem mais que todas as mulheres negras no país.

Nascida e criada no Jardim Catarina, favela de São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, a palestrante do Inspira já recebeu o prêmio People of African Descent (MIPAD100), na ONU, por ser uma das pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo. 

 

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