Em entrevista ao Portal Uol nesta terça-feira (19), o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, afirmou que a direção da Caixa já sabia que haveria filas em frente às agências para o pagamento do auxílio emergencial. Porém, não ouviu as reivindicações da Federação, que desde o início da pandemia solicitou que outros bancos fizessem o pagamento do benefício.

“O próprio presidente da Caixa recentemente reconheceu que as filas eram inevitáveis. Ou seja, já se sabia que teria esse tumulto e nenhuma providência foi tomada para minimizar isso”, disse. “Foi uma grande irresponsabilidade do governo e da direção da Caixa de não buscar alternativas para dar um bom atendimento à população e dar condições de segurança para os funcionários”.

Até agora, o auxílio foi liberado para quase 60 milhões de brasileiros, o triplo do previsto inicialmente pelo Governo, que projetava o pagamento para cerca de 20 milhões de pessoas. Isso reforça a afirmação de Sérgio Takemoto, de que o Executivo não conhece a realidade do País.

Segundo Takemoto, mesmo com a expertise da Caixa em fazer o pagamento de outros benefícios sociais, é muito difícil fazer o atendimento de quase metade da população brasileira sem gerar filas. Por isso a Fenae continua solicitando à direção do banco que descentralize o atendimento da Caixa.

A Federação também pede uma campanha de esclarecimento, já que muitos beneficiários vão às agencias sem necessidade, apenas em busca de informação. “São 20 milhões que não têm conta em banco, que não têm cadastro em lugar nenhum. Todo esse contingente, todo esse número de pessoas se dirigiu à Caixa. Então é impossível somente uma instituição, mesmo sendo a Caixa, dar conta desse volume”, informou.

:: Confira, na íntegra, a entrevista de Sérgio Takemoto para o UOL:  https://bit.ly/3dYU1G7

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