Desde 18 de março, quando São Paulo registrou o primeiro caso de empregado com laudo médico atestando CID de coronavírus, a APCEF/SP acompanhou diversas situações, demonstrando para a direção da Caixa a insuficiência nas medidas previstas pelos protocolos. A partir da experiência, das críticas, denúncias e do agravamento da situação, a empresa promoveu alterações, que tornaram a aplicação de medidas mais abrangentes.

Durante estas duas semanas, foram constatados casos de diagnóstico de coronavírus em empregados ou terceirizados atestados por laudo médico em diversas unidades, como nas agências Chácara Santo Antônio, Vila Prudente, Augusta, Mazzei, Vila Formosa, Jabaquara, Sé, Estação São Joaquim, Mauá, Barreira Grande, Metrô São Judas, Praça da Árvore, Av. Paulista, Parapuã, Vila Pestana, Chico Mendes, Tatuapé, São João da Boa Vista, Jardim Paulista, Paraíso, Brigadeiro (Paulista), Clemente Álvares, Poá, Vila Manchester, Ermelino Matarazzo, Jd. Presidente Dutra, Guadalupe, Vila Sônia, Granja Julieta, Embu das Artes, Vila Carmosina, Praça da República, Brasilândia, Faria Lima, Pedroso de Moraes, Vila Espanhola, Jardim São Luiz, Pirassununga, Indianópolis, Villa Lobos, João Dias, Vila Alpina, Jarinu, Senador Flaquer (Santo André) e no prédio da São Joaquim.

Em muitos destes locais, foram encontradas situações que são exemplos do que não fazer em casos críticos. Reuniões presenciais com colegas de várias unidades realizadas em local com caso suspeito de coronavírus antes que o ambiente passasse por assepsia, resistência na aplicação do protocolo apesar dos fatos e evidências apresentados, falta de tratamento correto com os trabalhadores terceirizados de limpeza, segurança e telefonista que, ao invés de serem encaminhados à quarentena como os empregados da Caixa foram, em alguns casos, direcionados a outras unidades, foram alguns dos procedimentos equivocados encontrados pela APCEF/SP e pelo Sindicato dos Bancários. A demora em colocar em prática os protocolos resultou, inclusive, em transmissão comunitária dentro de unidades. Em todos estes locais, a fiscalização e a intervenção das entidades foram fundamentais para sanar os problemas.

Ao observar este breve histórico dos casos de coronavírus dentro da Caixa, ficam evidentes os efeitos negativos da falta, por parte da empresa, da ausência de uma avaliação epidemiológica. Caso esta avaliação fosse feita pela área responsável, a empresa teria mais ferramentas para avaliar o quão assertivas são as políticas adotadas para conter o espalhamento do vírus, ajustando protocolos ou aplicando novos, se for o caso, identificar áreas mais vulneráveis, propondo ações em locais para contenção e acompanhar de maneira mais próxima a evolução das equipes (empregados e terceirizados) que mantiveram contato com colegas diagnosticados.

A lista de unidades relatadas (que possivelmente não está completa, pois estes são apenas os casos com os quais a APCEF/SP teve contato), mostra, por exemplo, que há uma grande concentração de unidades com casos de coronavírus na região da Avenida Paulista: agências Augusta, Jardim Paulista, Av. Paulista, Paraíso e Brigadeiro (Paulista). Nota-se outra concentração em uma região específica da zona Norte (Parapuã e Brasilândia) e mais uma em uma região específica da zona Oeste da capital (Faria Lima e Pedroso de Moraes). Qual é a avaliação da gestão de pessoas da Caixa sobre a situação? Quais são suas ações de contenção?

Parte do que a APCEF/SP, em conjunto com o Sindicato dos Bancários e a Agecef/SP cobraram da direção da empresa foi feito. O quadro de evolução da pandemia, porém, é dinâmico, e exige avaliação, esforços e decisões diárias, que precisam ser tomadas tempestivamente pela direção da empresa e pelas áreas responsáveis.

A Caixa, precisa, com urgência de novas medidas efetivas para preservar a saúde de seus trabalhadores, dos terceirizados e clientes. E, ainda, que busque formas de fiscalizar se os protocolos estão sendo cumpridos corretamente. É a vida das pessoas que está em risco e não há tempo para testes.

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