Após muitas cobranças dos representantes dos trabalhadores, a direção da Caixa anunciou nesta segunda-feira (14/6) algumas medidas para ampliar os cuidados com a saúde dos trabalhadores.

“A direção da empresa, após remarcar a mesa de negociação para esta semana, anunciou medidas que são reivindicadas há tempos pelas entidades”, disse o dirigente da Apcef/SP e membro da CEE/Caixa, Jorge Luiz Furlan. “A direção da empresa se precipitou, anunciando medidas antes dos debates na mesa de negociação. Elas ainda são insuficientes, pois deveriam ser aplicadas em conjunto com outras reivindicações dos empregados. Aplicadas isoladamente, seu efeito é questionável”, avaliou o diretor da Apcef/SP e também membro da CEE/Caixa, Carlos Augusto Pipoca.

Há meses, os representantes dos empregados alertam para o número crescente de casos de Covid-19 e mortes entre os trabalhadores do banco público. No ano passado, 18 bancários da Caixa faleceram por complicações causadas pelo coronavírus. Este ano, segundo levantamento das entidades que representam os empregados, o número chega a quase setenta. No total, foram quase noventa vidas perdidas.

Confira as denúncias e reivindicações que serão apresentadas pelos representantes dos empregados durante a negociação agendada para dia 16:

> Eliminar atendimento na área externa da agência, que hoje é feito sem a devida proteção aos empregados;

> Instalar o anteparo de acrílico nas mesas de empregados recém-contratados;

> Determinar que haja a comunicação do motivo de afastamento dos trabalhadores de empresas terceirizadas às chefias das unidades (quando o motivo é a Covid, a falta de notificação impede a aplicação dos protocolos);

> Detalhamento do calendário de vacinação contra a gripe aos empregados, com informações como o cronograma, formato, quais são as empresas contratadas;

> Ampliação do prazo do reembolso na vacinação contra a gripe;

> Inclusão dos empregados aposentados no programa de vacinação contra a gripe, ou, alternativamente, implementação de programa específico a eles;

> Detalhamento do processo de aquisição das máscaras de proteção adequadas (N95, PFF2, tripla cirúrgica), com informações sobre a evolução dos valores disponibilizados às unidades para sua aquisição;

> Transparência com relação às informações sobre contágio e falecimento dos empregados por Covid, possibilitando que haja avaliação e revisões mais assertivas dos protocolos de prevenção adotados;

> Atuação proativa da direção da empresa junto ao poder público (como tem sido feito pelas entidades representativas dos empregados), nas três esferas de governo, para que os empregados sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid;

> Compartilhamento das estatísticas da testagem (a que já foi e a que será aplicada), para avaliação do progresso das medidas de prevenção;

> Testagem de todos os empregados das unidades que passarem por protocolo 1;

> Revisão do protocolo, deixando explícito sua aplicação nos casos em que trabalhadores de empresas prestadoras de serviço que atuam dentro das unidades da Caixa testem positivo ou tenham suspeita de Covid;

> Revisão do protocolo, deixando explícito que haverá fechamento das unidades infectadas no período entre o conhecimento de contágio de empregado ou terceirizado por Covid e a higienização das unidades;

> Revisão do protocolo, incluindo determinação de que qualquer pessoa com Covid, seja cliente, trabalhador de empresa prestadora de serviço ou empregado Caixa, não podem ingressar nas unidades, e, se tiverem ingressado, garantia da aplicação do protocolo;

> Criação de mecanismos para agilizar a aplicação do protocolo e a higienização das unidades;

> Manter o maior número possível de empregados em home office durante o período da pandemia;

> Viabilizar a aplicação do “rodízio” nas unidades da Vired;

> Não realizar campanhas de vendas de produtos;

> Suspender a cobrança de metas;

> Impedir o retorno ao trabalho presencial de empregados que já tomaram as duas doses de vacina (especialmente os que são de grupos de risco) antes que haja a imunidade coletiva;

> Estender do prazo de fruição dos dias de folga compensatória reconhecidos pela Caixa aos GGR no ano de 2020 para além do prazo de 30/06;

> Concessão de abono total ou parcial para o empregado no dia em que for se vacinar contra Covid;

> Obrigatoriedade do uso do anteparo de acrílico nas mesas;

> Medição de temperatura de clientes antes da entrada nas unidades;

> Criação de protocolo específico para unidades com surto de Covid (mais de um empregado/terceirizado contaminados de forma concomitante ou subsequente), com acompanhamento especial da Gipes nesses casos.

> Rediscutir atendimentos de serviços não essenciais.

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