A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) continuam cobrando do governo uma série de medidas para assegurar a saúde dos trabalhadores do banco e também da população que precisa recorrer às agências, durante a pandemia do coronavírus. Uma das principais cobranças das entidades é a garantia de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os bancários, como máscaras, álcool em gel e luva.

“São formas de aumentar a proteção tanto dos empregados quanto das pessoas que precisam de atendimento para serviços essenciais e, por isso, recorrem às agências. É o caso de saques sem o cartão e acesso a senhas para benefícios sociais como Seguro Desemprego/Defeso, INSS e Bolsa Família”, explica o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. “Sem Equipamentos de Proteção Individual, a agência não pode abrir”, ressalta o coordenador da CEE/Caixa e diretor da Federação, Dionísio Reis.

Junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Fenae recorreu diretamente ao ministro da Saúde, Nelson Teich, em carta pela qual manifestam preocupação com o avanço da Covid-19 no país. No documento, encaminhado na última segunda-feira (20), as entidades observam a necessidade de segurança à saúde dos bancários para que eles possam continuar prestando atendimento à sociedade.

Diante disso, cobram do Ministério ações efetivas para proteger os trabalhadores e a população. Entre elas, o maior acompanhamento da situação nas agências e das condições de trabalho dos empregados da Caixa.

“O aumento de infectados, a cada dia, exige que todos tomem medidas para a prevenção da doença”, afirmam Jair Ferreira e Juvandia Moeira, presidente da Contraf, na carta ao ministro da Saúde. “No caso dos bancários que não podem cumprir o isolamento social e realizam atividades essenciais para a população, a situação é mais crítica pela pressão social – às vezes acompanhada até mesmo de agressão física – e frequente exposição ao vírus no contato com cédulas, documentos e caixas eletrônicos”, destacam.

Além da carta ao ministro Nelson Teich, a Contraf reforçou à direção do banco a necessidade de execução de 13 medidas em proteção à saúde dos empregados da Caixa e da população.

Entre as cobranças – elencadas em correspondência ao presidente do banco, Pedro Guimarães – as entidades defendem, além da garantia de EPI em todas as agências, a estruturação de um sistema de agendamento por telefone, organização de filas por profissionais especializados, campanha de esclarecimento sobre as formas de solicitação e recebimento de benefícios, antecipação do calendário de vacinação e garantia do plano de saúde para todos os trabalhadores do banco.

“Estamos preocupados com as longas filas em unidades do banco por todo o país. Muitas delas, para situações que não são resolvidas nas agências, como é o caso do auxílio emergencial”, observa o presidente. “Por isso, é importante este esforço das entidades representativas para que o banco assegure a proteção dos empregados, que sempre demonstraram garra e determinação todas as vezes que foram acionados”, acrescenta Jair Ferreira.

:: Veja a carta ao ministro da Saúde.

:: Acesse a íntegra das 13 reivindicações enviadas à direção da Caixa Econômica Federal.

:: Veja as orientações da CEE/Caixa aos empregos do banco.

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