Trabalhadores da Eletrobras e representantes de suas entidades estão na manhã desta quinta, 10, na porta do Senado, em Brasília, em ato comemorativo pelos 59 anos da empresa e contra sua privatização. O objetivo é pressionar para impedir a votação da Medida Provisória 1.031/21 (que trata da venda da companhia), na expectativa de que venha a caducar.

“Estamos em frente ao Senado fazendo a comemoração do aniversário de forma antecipada; eletricitários da Eletronorte e de Furnas em Brasília resolveram antecipar porque às quintas há parlamentares aqui. E a festa está muito bonita, muitos trabalhadores presentes justamente aproveitando para pressionar os senadores a não votar essa MP, que já está sendo chamada de MP do absurdo”, afirma Íkaro Chaves, do Sindicatos dos Urbanitários do Distrito Federal (STIU-DF).

Ele explica que a data do aniversário é amanhã (11), quando haverá ato nacional em defesa da empresa. “Privatizar vai entregar a Eletrobras, entregar nossa soberania, precarizar o serviço de energia elétrica, encarecer as tarifas”, aponta, lembrando que o País vive momento de crise hídrica, de escassez e energia, “fruto justamente da irresponsabilidade, da falta de planejamento desse governo Bolsonaro, que é o governo do absurdo, é o governo do genocídio”, destaca, em alusão à pandemia de covid-19.

Para esta sexta, 11, está previsto o ato virtual nacional e atividades também nos estados onde há instalações da Eletrobras. A programação faz parte de um intenso calendário de lutas elaborado por representantes dos urbanitários durante toda a semana.

“Queremos a empresa pública, que a gente possa colocar a Eletrobras de fato para fazer investimentos, fazer obras para levar energia para o País, porque mais uma vez o Brasil vai precisar da Eletrobras pra sair dessa crise”, afirma o representante do STIU-DF.

De acordo com avaliação do Coletivo Nacional dos Eletricitários a venda da Eletrobras pode elevar a conta de luz em até 16,7% num primeiro momento. E aumentar o custo da indústria, das famílias e de toda a cadeia de produção da economia em R$ 460 bilhões por 30 anos. E além de mais caro, o serviço pode ser piorado com a privatização.

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