O governo federal lançou nesta terça-feira (25) o programa “Casa Verde Amarela” para substituir o “Minha Casa, Minha Vida”.

O “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) foi criado em 2009 no governo Lula com o objetivo de reduzir o déficit habitacional no país. Desde então, foram entregues pelo programa mais de quatro milhões de unidades habitacionais, com investimentos da ordem de R$ 105 bilhões.

No entanto, o programa de Bolsonaro não prevê ações em benefício à parcela mais carente abrangida pelo MCMV: a Faixa 1, composta por famílias com renda até R$ 1,8 mil. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada em 2019, mostrou que o déficit habitacional brasileiro atinge 9,3% das famílias. Isso significa que cerca de 5,8 milhões de famílias no país não têm onde morar ou vivem em condições inadequadas de moradia.

O governo já vinha dando sinais de que deixaria de lado a Faixa 1, já que em 2020 nenhum contrato dessa faixa foi fechado. O fato vai na contramão do que a direção da Caixa vem pregando ao dizer que o foco do banco é seu papel social, o que foi repetido inclusive durante a cerimônia de lançamento do “Casa Verde Amarela” pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

O novo programa prevê a redução do repasse de subsídios do FGTS, e também a diminuição da remuneração da Caixa como agente operador.

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