A Fenae (entidade que reúne as associações de trabalhadores da Caixa) critica a nova modalidade de crédito lançada em setembro pelo banco para liberar empréstimos de R $ 300 a R $ 1.000 pelo celular. 

Na avaliação da entidade, a linha de financiamento endivida o público-alvo, formado pela população de menor renda, como trabalhadores informais e desempregados, que tem menos condições de assumir dívidas.

Para basear a argumentação, a Fenae pediu um levantamento ao Dieese (Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) indicando que a taxa de juros dada para a linha, de 3,99% ao mês com pagamento em 24 vezes, está acima da cobrada pelo banco em modalidades já existentes, como o crédito  consignado (0,99%) e o crédito direto ao consumidor (2,77%). 

Para clientes da Caixa, os juros do cheque especial e do parcelamento de fatura do cartão de crédito também são mais baixos- a partir de 2,9% segundo o levantamento. 

A modalidade é liberada a usuários do aplicativo Caixa Tem sem renda vinculada ao Bolsa Família.

Essa matéria foi publicada  no Painel S.A da Folha de São Paulo no dia 16/11/2021.

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