Nesta quarta-feira (18), Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público e dos Direitos dos Trabalhadores, empregados da Caixa dialogaram com a população e entregaram panfletos no calçadão de São Miguel Paulista, capital, em defesa dos serviços e empresas públicas, que estão sob ataque do governo Bolsonaro. Os atos foram organizados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e Apcef/SP, respeitando todas as medidas de prevenção à Covid-19.

Também foram realizadas manifestações em todas as capitais dos estados e em Brasília contra a PEC 32. O tuitaço com a hashtag #18ADIADELUTA chegou a ficar em segundo lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter em alguns momentos do dia.

“O governo Bolsonaro e sua base aliada no Congresso, incluindo aí partidos que alegam não compactuar com o bolsonarismo, colocam em prática um projeto de destruição dos serviços públicos, projeto este que foi iniciado já no governo Temer, com a PEC 95, a chamada PEC do Teto de Gastos, que também ficou conhecida como PEC da Morte, que congelou o orçamento por 20 anos. Depois disso, veio a venda da Eletrobrás; Liquigás; BR Distribuidora; a venda de partes dos bancos públicos, como foi o caso da IPO da Caixa Seguradora; a privatização dos Correios; e agora a proposta de Reforma Administrativa (PEC 32)”, denuncia a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Tamara Siqueira.

“O que a PEC 32 busca fazer é mercantilizar os serviços públicos, entregando-os para a iniciativa privada quando for do seu interesse. Por outro lado, precariza as relações de trabalho do servidor público, que é quem garante que os direitos sociais cheguem ao conjunto da população, acabando com a estabilidade”, acrescenta.

De acordo com a dirigente – além de não combater supersalários e privilégios, como alega o governo, uma vez que juízes, desembargadores, promotores, procuradores, políticos e militares ficam de fora da reforma – a PEC 32 favorece a corrupção. “Por um lado, a PEC 32 acaba com a estabilidade, o que pode levar o servidor público a ser coagido a atender interesses particulares de políticos, do chefe ou do governo da vez. Por outro, prioriza indicações políticas ao autorizar que mais de 100 mil cargos federais sejam ocupados sem concurso. É uma porta aberta para a corrupção.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já afirmou que a PEC 32 deve entrar em votação no plenário até o final de agosto.

“Neste Dia Nacional de Luta estamos alertando a população sobre os enormes malefícios dessa proposta. Estamos dando um recado ao governo e ao Congresso: não aceitaremos que passem a boiada sobre os serviços e empresas públicas com a PEC 32, que não garante um serviço de qualidade e incentiva a corrupção. Não existe desenvolvimento sem planejamento e investimento público, sem a Caixa, sem o BB, sem o BNDES, sem a Petrobras, sem o SUS e demais serviços públicos que Bolsonaro e Paulo Guedes pretendem desmontar”, conclui Tamara.

:: Acesse o site Na Pressão e pressione os deputados a votarem contra a PEC 32.

PEC 32

 

Compartilhe: