A Caixa acaba de ganhar um concorrente de peso na área de saneamento. O Santander anunciou esta semana a criação de uma linha de crédito de R$ 5 bilhões para financiar projetos de saneamento básico.

O lançamento visa aproveitar um possível aumento no investimento causado pelo marco regulatório recém aprovado. Segundo o vice-presidente do Santander, Jean Pierre Dupui, são esperados investimentos de R$ 600 bilhões a R$ 800 bilhões em saneamento nos próximos 20 anos.

Até então, bancos públicos como a Caixa eram sinônimo de financiamento na área. O banco público é o operador do programa Saneamento Para Todos. 

Enquanto isso, quase metade dos brasileiros não possuem acesso ao sistema de esgotamento sanitário, 16% da população não tem acesso à água tratada e somente 46% do esgoto é tratado no Brasil.

Apesar de comemorado pela grande mídia, o novo marco regulatório pode representar mais uma privatização desastrosa para o povo. Isso porque ela joga boa parte do investimento da área nas mãos da iniciativa privada e de forma que ocorrerá trazendo resultados apenas no médio e longo prazo. No entanto, existe a necessidade de medidas imediatas para que o sistema se sustente. 

O país já passou por este mesmo processo em outras áreas sem que as promessas de melhoria fossem cumpridas. Foi o que ocorreu com o serviço de telefonia fixa que, consequentemente, levou a telefonia móvel e internet a ocuparem o topo das listas de reclamações.

Outro exemplo é o caso da CELPA (Equatorial Energia Pará, antes conhecida como Centrais Elétricas do Pará), empresa de distribuição e geração de energia que foi privatizada 1998 e entre 2012 e 2013 precisou de ajuda do governo para não fechar.

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