Indígenas da terra Tenondé Porã, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, afirmam estar recebendo ameaças desde novembro por não indígenas que dizem ter comprado um terreno na região e tentam coagir a comunidade a deixar a área.

Em 15 de dezembro, representantes da Apcef/SP estiveram no local para entregar 21 cestas básicas e 21 kits de higiene aos moradores, comprados com os valores arrecadados nos eventos organizados pela Associação ao longo do ano.

Os indígenas relatam que já houve mais de cinco ações a mão armada no local. Em uma delas, uma casa foi destruída. Segundo os indígenas, as ameaças são de pessoas contratadas por um homem que teria comprado o terreno do Sítio Colina Verde.

A Comissão Guarani Yvyrupa informou que acionou o Ministério Público Federal e que já está com um processo aberto sobre o caso, logo após o ataque de 13 de dezembro.

Terra demarcada – A Terra Indígena Tenondé Porã possui 14 aldeias, habitada aproximadamente por 2.200 pessoas, muitas delas em situação de extrema pobreza. Ela está na terceira fase de demarcação do território, ou seja, a terra já foi declarada, mas ainda falta retirar os ocupantes não indígenas do espaço. No entanto, como a terra já foi delimitada, estes ocupantes não poderiam vender ou alugar o espaço que, segundo a União, é de domínio indígena.

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