O Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, é um momento fundamental para refletir sobre a realidade das pessoas trans no Brasil e no mundo. Mais do que uma data simbólica, é um chamado à ação para fortalecer a luta por igualdade de direitos, inclusão social e políticas públicas que respeitem e acolham a diversidade de identidade de gênero.

O Brasil segue como o país que mais mata pessoas trans na América Latina e no Caribe, segundo diversas organizações de direitos humanos. O número alarmante de homicídios e violências contra essa população revela uma realidade urgente a ser enfrentada. De acordo com pesquisa do Projeto Terra, cerca de 40% dos assassinatos de pessoas trans no mundo ocorrem no Brasil, refletindo um cenário de discriminação e preconceito estrutural, que se estende desde o convívio social até o mercado de trabalho.

Inclusão no mercado de trabalho
A empregabilidade ainda é um grande desafio para a população trans. Em um país onde a diversidade de gênero encontra resistência em muitos setores, políticas afirmativas são essenciais para garantir o acesso ao trabalho digno. Uma das reivindicações das entidades representativas dos bancários é a implementação de medidas concretas de inclusão nos bancos, como programas de contratação e a ampliação de direitos.

Na Caixa Econômica Federal, a luta por inclusão também precisa avançar. A Apcef/SP e outras entidades representativas seguem cobrando a implementação do censo LGBTQIA+ e a inclusão do nome social nos sistemas do banco, demandas que já foram prometidas, mas ainda não cumpridas. O reconhecimento da identidade de gênero no ambiente profissional é um passo essencial para garantir dignidade e respeito às pessoas trans.

Compromisso contra a discriminação
A questão da diversidade tem sido pauta recorrente na mesa de negociações com os bancos. No último ano, a campanha contra toda forma de preconceito no setor bancário reforçou a importância da adoção de medidas concretas para combater a discriminação. Entre as iniciativas discutidas, destaca-se também a inclusão de cotas para pessoas trans em concursos públicos da Caixa, um avanço necessário para ampliar a participação dessa população no mercado de trabalho.

A comissão de diversidade da Caixa e entidades de classe seguem mobilizadas para garantir que as pautas trans sejam efetivamente discutidas e implementadas na instituição. A visibilidade trans, quando acompanhada de ações concretas de inclusão, tem o poder de transformar realidades e construir um ambiente corporativo mais justo e igualitário.

Compartilhe: