Da Agência Fenae

Reunião da Executiva Nacional dos Bancários, a ser realizada nesta sexta-feira, dia 8, na capital, avalia a greve nacional e unificada dos bancários e discute os encaminhamentos das assembléias sindicais.
Por duas vezes, a tentativa da Executiva Nacional em reabrir as negociações da Campanha Salarial Unificada de 2004 esbarrou na intransigência da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que se recusou a sentar com os bancários para encontrar uma solução negociada para o impasse. Tentativas com este objetivo foram feitas ainda pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vantuil Abdala, mas também sem sucesso.
As negativas dos banqueiros tomaram por base argumento estranho e irreal de falta de condições financeiras para um reajuste salarial maior, tendo em vista que os 10 maiores bancos lucraram R$ 11,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. “Eles precisam ser mais criativos para inventar desculpas” – comentou o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas.
A postura intransigente dos banqueiros vem sendo respaldada tanto pela Justiça quanto pelo governo.
Na esfera judicial, a Fenaban consegue liminares para barrar a greve dos bancários nas agências. O governo também joga peso no esvaziamento do movimento, quando reforça o comportamento autoritário das direções dos bancos públicos federais, que se negam a avançar na pauta de reivindicações complementares dos empregados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
A esse respeito, Vagner Freitas afirmou que, além de não negociar, as direções dos bancos públicos estão exercendo violenta pressão sobre seus trabalhadores, com telefonemas ameaçadores para suas residências e com assédio moral para forçá-los a voltar ao trabalho.

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