Definitivamente, 2017 não foi um ano fácil. Os tristes acontecimentos políticos de 2016 já sinalizavam que, no ano seguinte, sentiríamos suas duras consequências. Ainda assim, muitos surpreenderam-se com a agilidade do novo governo em provocar um verdadeiro desmonte do que havia sido conquistado nos últimos tempos.

Para os empregados da Caixa não foi diferente. Do começo ao fim, 2017 está marcado pelas ameaças de privatização. Começou com o anúncio de venda da Lotex (as famosas raspadinhas). Depois, o atual presidente do banco, Gilberto Occhi, passou o ano declarando aos jornais sua intenção de vender também as áreas de seguros e cartões.

Para agravar a falta de empregados, foram realizados dois Planos de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVEs), um em março e outro em julho. Depois, foi anunciada a intenção de fechar cerca de 120 agências no país.

Denúncias de assédio moral surgiram em todo o Estado, fruto do desespero da diretoria da Caixa.

Saúde Caixa e Funcef também estiveram sob ataque. No final de janeiro, a Caixa tentou impor aos empregados reajuste na mensalidade do plano de saúde, elevação do teto de coparticipação anual e mudança no percentual de coparticipação.

Já na Funcef, o problema com o contencioso (responsável por boa parte do déficit do fundo de pensão) segue como uma responsabilidade que o banco se recusa a assumir.

Em outubro, os ataques culminaram na tentativa de transformar a Caixa em uma S/A por meio de mudança no estatuto votado pelo Conselho de Administração.

Com tudo isso, o ano foi também de muita luta. Os empregados da Caixa mostraram que estão unidos e que, apesar das atitudes da direção da instituição, irão defender o único banco 100% público do país, o que inclui a mobilização contra a “reforma” trabalhista e a “reforma” da previdência. Esta última, ainda na pauta de lutas em 2018.

A campanha pela Caixa 100% pública espalhou-se por todo o Brasil nas mais diversas formas: reuniões em unidades do banco, atos, caminhadas, distribuição de cartilhas e cartas abertas, para- lisações e audiências públicas tanto no Congresso Nacional como nas assembleias legislativas esta- duais e câmaras municipais. Na defesa do Saúde Caixa e da Funcef, a APCEF/SP realizou reuniões e encontros na capital, região metropolitana e interior do Estado.

No ano em que a Associação completou 110 anos de existência, mostramos que nossa união é prioridade no enfrentamento de tantos ataques. E 2018 não será diferente: um ano decisivo para o futuro do país. Como trabalhadores e cidadãos brasileiros, sempre vigilantes no futuro da nação, estaremos atentos para defender nossos direitos.

 

Diretoria da APCEF/SP

Gestão Nossa Luta

Compartilhe: