Representantes da Apcef/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região se reuniram com quatro superintendências da capital e da região metropolitana de São Paulo para levar demanda dos bancários sobre o desrespeito da Caixa para com os empregados na imposição do horário de transição.

Após a informação de alteração repentina do horário de abertura das agências na tarde do dia 22 de novembro, com início já no dia 23, os representantes dos trabalhadores buscaram a gestão local para tratar o assunto. Em primeira reunião, na manhã do dia 23, com a superintendência Centro, além de colocar todas as queixas dos empregados perante o desrespeito e a desorganização da Caixa, as entidades colocaram as imposições dos acordos e regulamentos que impedem a obrigatoriedade dos empregados atenderem a solicitação.

Apesar da superintendência compreender e informar que seria tratado como convite, além de manter o compromisso de não forçar qualquer empregado a atender o pleito, respeitando cargas horárias e disponibilidade, a realidade nos locais não permite que tantas agências abram as portas às 8 horas apenas com empregados que queiram adequar sua jornada para duas horas mais cedo, tornando o pedido muito mais que um convite, sobretudo para gerentes e, a partir desta quarta-feira, para caixas e tesoureiros, por exemplo.

A superintendência disse que avaliaria a solicitação conforme o decorrer do dia e voltaria a se reunir com as entidades, desta vez com as demais superintendências.

A reunião foi retomada no início da noite, e as entidades foram informadas que parte do pleito seria atendido, porém ainda com cerca de 30% das agências abrindo 1 ou 2 horas mais cedo.

“Apesar de compreender que a demanda é nacional, é imperativo que a gestão local conheça a realidade de falta de empregados, esgotamento e sentimento de abandono que os empregados passam, contornando a situação com algo simples: a abertura em horário normal, conforme combinado e informado a clientes, trabalhadores, entidades representativas e Banco Central”, apontou a diretora da Apcef/SP, Vivian Sá.

“Muitas agências amanhã não sofrerão este problema, o que é positivo, porém, quantos colegas estarão mergulhados nesta desorganização, neste estresse gratuito? Colocamos aos superintendentes nossa visão, que é a que foi apontada pelos trabalhadores. Não concordamos com a situação, recebemos diversas imagens de agências vazias, mostrando, inclusive, a ineficiência da decisão e o desperdício de recursos, já que a direção da Caixa não enxerga o que tange a bagunça que faz na vida dos empregados”, completou a dirigente.

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